Conta-se nos dedos as maternidades públicas existentes em Natal, sendo uma federal, uma militar, uma estadual e três municipais. Para piorar a situação, a gente tem apenas duas instituições privadas. Ou seja, quem tem dinheiro para pagar plano de saúde tem que fazer uni-duni-tê para ter um filho ou uma filha.
Sem contar que as regiões Metropolitanas também possui poucas unidades de saúde e se ocorrer algum problema durante o trabalho de parto, elas rapidamente são conduzidas para as unidades existentes. O que provoca? A famosa superlotação, que ocorre em vários hospitais públicos existentes. Deixando enfermeiros e médicos tendo um ataque de nervosismo.
Na parte estadual, nós temos o Hospital Santa Catarina, que fica no conjunto de mesmo nome, na zona Norte da cidade e ainda temos o Hospital da Polícia Militar, que fica no bairro de Tirol. Já no Municipal temos a Maternidade das Quintas, Felipe Camarão e a Leide de Morais, reconhecida pelo trabalho de parto humanizado e foi reinaugurada no ano passado.
Já na parte federal só temos a Maternidade Januário Cicco, financiada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), que fica no bairro de Petrópolis, na Avenida Nilo Peçanha, e recebe tanto mães vindas de Natal como também no interior do RN.
Quem morar na Vila de Ponta Negra, Alagamar ou em outros bairros e comunidades da zona Sul e precisa do Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, vai ter um pouco de dificuldade de encontrar um hospital próximo para ter seus filhos.
Um dos planos de saúde privados mais conhecidos está divulgando através das redes sociais que vai abrir a parte de maternidade em seu hospital, que isto aliviaria a pouca quantidade de maternidades.
Violência obstetrícia
Nos hospitais privados, as mulheres têm até um bom atendimento, porém tem um pequeno problema: algumas sofrem violência obstetrícia. Ou seja, o parto é feito não de acordo com as necessidades da futura mãe, pois na hora de dar luz as dores e o jeito como a pessoa lida com esta situação é diferente para cada um. Então, geralmente que é mais prático para os médicos.
Eu tive contato com várias mães que tiveram seus filhos através de hospitais particulares e todos os relatos eram os mesmos: os obstetras “sugeriam” que marcasse a cesárea ou caso a mulher ficasse horas em trabalho de parta teimava em fazer a operação. Pior que isto é um retrato de quase 90% destas unidades de saúdes, que tiram o bebê de modo cirúrgico ao invés de como a natureza manda.
É praticamente uma bola de neve que precisa ser arrumada o mais rápido possível.
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