Aprendi a gostar de gatos, graças a vovó Áurea. Quando era pequena gostava de brincar com os bichanos que existiam na casa dela durante os fins de semana. A minha “primeira amiguinha” foi a Mococa, que era muito querida por todos da família e o xodó de voinha. Depois vieram o Branquinho, o Tony, Cocota e dentre outros felinos que passaram na minha vida.
Até hoje, vó cuida de gatos e recentemente, ela adotou uma que estava na calçada quando uma vizinha estava a jogando fora sobre uma caixa. Indignada, minha avó pegou a gata para dentro de casa e a batizou de Pandora. Ela são um dos poucos exemplos que ajuda os bichanos na cidade, visto que as pessoas têm mania de jogá-los nos terrenos.
A população, infelizmente, esquece que os animais não são brinquedos.
Esses da foto mais acima foram resgatados na noite de ontem (27) durante o incêndio que aconteceu em um terreno que fica no supermercado do bairro de Candelária, zona Sul de Natal. Já foram atendidas 367 ocorrências envolvendo focos de incêndios em áreas de matas somente na Região Metropolitana de Natal. Apenas 40,5% dos casos ocorreram nos últimos 50 dias.
Em algumas cidades é muito comum ver pombos circulando na cidade. Já em Natal, a gente tem diversos gatos que são abandonados cotidianamente e ninguém sabe o número correto de felinos abandonados nas ruas ou a existência de programa para controlar a proliferação.
O incidente aconteceu por volta das 22 horas e causou um intenso tráfego. Apesar de não ter tido uma vítima mortal ou alguém ficar ferido, diversos gatos que estavam lá foram mortos.
Acredita que o incidente causado na noite passada teria sido provocado após a população queimar o lixo do local. O fogo só foi controlado após a ação dos bombeiros. Uma outra suspeita é uma tentativa de assassinar filhotes que estavam em uma caixa, próximo ao foco do incêndio.
Soube desses gatinhos, graças à leitora Steh Coelho (muito obrigada), que colocou no comentário da fanpage do blog de que alguns foram mortos durante o fogaréu.
Muitos protetores foram até o local e salvaram quantos puderam. Era muita fumaça que impedia o resgate de alguns que estavam no foco do incêndio e esses morreram queimados vivos.
A proliferação de gatos já é um problema de utilidade pública, visto que pode causar a epidemia de toxoplasmose, que é infecciosa, congênita ou adquirida, causada por uma bactéria chamada Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos felinos. Sem contar que a doença pode atingir ser transmitida aos seres humanos e a bactéria pode infectar quase todas as partes do organismo humano, incluindo cérebro, músculos e até mesmo o coração.
Além da doença, muitos estão sujeitos aos maus tratos, visto que eles comem lixos, muitos são agredidos nase ruas, morrem atropelados ou são agredidos todos os dias. Um dos cantos mais comuns de ver estes animais é o campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
No campus é comum ver gatos feridos ou com os olhos arrancados por conta da maldade de algumas pessoas que circulam dentro da instituição de ensino. Entretanto, tem alguns que já foram adotados pelos alunos e são tratados como um mascote de alguns departamentos.
A universidade sempre realiza campanhas de conscientizações para não abandoná-los no campus, porém as pessoas ainda continuam. Por enquanto, alguns grupos de proteção aos animais fazem, por conta própria, resgate dos mesmos, criam parcerias com as clínicas veterinárias e realizam diversas feiras de adoção da cidade.
Voltando aos gatos que quase morreram no incêndio causando na noite de ontem, eles estão numa clínica veterinária que está servindo como lar temporário. Para adotá-los ou saber mais informações, o telefone da clínica é (84) 2030-4484.
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