O resultado do gabarito do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) saiu nesta quarta-feira (28) e o Rio Grande do Norte está com orgulho de um dos filhos da terra, visto que o potiguar acertou 96% da prova. Quer dizer, das 180 questões existentes no processo seletivo, acertou 174 e ainda está no primeiro ano. O nome dele é Luciélio Cavalcante, tem 18 anos e mora em São Miguel, distante de Natal por uma distância de 433 quilômetros.
A prova aconteceu no último final de semana e é composto por uma prova objetiva mais a redação. A notícia de seu desempenho chamou atenção dos noticiários vindos de Mossoró e da capital potiguar.
Lucélio, que é devoto de Nossa Senhora, mora com a mãe e vive numa casa bastante humilde. Além disso, ele sofre de paraplegia (uma lesão medular), porém isto não lhe desanima para conseguir conquistar os seus objetivos. “Como agora não estou estudando para nenhum processo seletivo mais, a rotina de estudo está mais confortável agora”, disse o jovem em entrevista para o Brechando via Facebook.
Cavalcanti chega no colégio às 6h30 e os seus estudos terminam às 11h30, depois vai almoçar e descansar um pouco. Então, começa a rotina de estudos do jovem, no qual ele pratica bastante as atividades para casa e os exercícios dos livros que estuda.
Ele estuda na Escola Estadual Gilney de Souza e seu excelente desempenho rapidamente foi comentado entre os professores e colegas de escola. “A reação do colégio ficou bastante surpresa com o resultado e disse que acredita bastante no meu desempenho. Alguns, inicialmente, não acreditaram que eu tinha feito realmente 174 questões, mas depois acreditaram”, contou.
Apesar das dificuldades, Luciélio aposta nos estudos como forma de superar todas as barreiras que lhe foram impostas ao longo da vida. O seu sonho é prestar o curso de psicologia e comentou que sempre teve interesse na área médica.
“Me considero uma pessoa bastante comunicativa, adoro conversar com as outras pessoas e gostaria de trabalhar na área da Saúde”, comentou.
Sua vida rende um filme, pois seu pai morreu quando tinha três dias de nascido. Devido às dificuldades de locomoção, ele precisa de ajuda de terceiros para andar. Quando morava na zona Rural, por exemplo, precisava da ajuda da mãe para carregá-lo até a escola.
Antes de prestar uma faculdade, ele sonha em escrever uma autobiografia como uma forma de inspirar outras pessoas que passam pelas mesmas dificuldades. “Espero que eu tenho a oportunidade de escrever minha autobiografia para poder contar um pouco mais do que aconteceu, além do que já foi publicado nos jornais”, finalizou.
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