Faz mais de 100 anos que o padre deixou a vida terrena, mas ainda é uma das figuras históricas da cidade. O nome dele é João Maria Cavalcanti de Brito, nascido em uma fazenda que hoje se localiza o município de Jardim de Piranhas, no dia 23 de junho de 1848. Fez curso eclesiástico em um seminário de Olinda com ajuda de fazendeiros da região. Aos 23 anos foi ordenado como sacerdote e realizou a sua primeira missa em Caicó.
Foi vigário de Jardim de Piranhas, Acari, Papari (hoje Nísia Floresta), e Natal, assumindo a paróquia de Nossa Senhora da Apresentação, antiga catedral da capital potiguar, em 1881.
Foi bastante conhecido por seus trabalhos em prol dos mais necessitados, por participar da luta contra a varíola, seca e a libertação dos escravos. Os fiéis lhe enxergavam como uma pessoa vinda de Deus, por isso os apelidos eram “Benzinho do Seridó”, “João de Deus”, “O Santo do Seridó” e dentre outros.
Criou em Natal a Escola São Vicente (tanto que existe uma escola da congregação chamada Ambulatório Padre João Maria), para crianças pobres e fundou a imprensa católica, editando o jornal “Oito de Setembro”. Batizou, entre milhares de outros natalenses, o historiador Luís da Câmara Cascudo, no dia 9 de maio de 1901.
No dia 16 de outubro de 1905, acabou falecendo, vítima da mesma doença que tanto combateu, a varíola. Sua morte abalou a cidade e, desde então, é considerado como o Santo de Natal. Um busto (primeira imagem logo acima), em sua homenagem, foi colocado na praça, que hoje recebe seu nome, localizada por trás da antiga catedral.
O busto foi esculpido por Hostílo Dantas com pedestal em granito trabalhado por Miguel Micussi. Ainda hoje, fieis costumam fazer promessas, se benzem com água benta e agradecem ao “santo” com pequeno objetos que fazem alusão às graças obtidas.
Em 2002, o processo de beatificação do padre João Maria foi aberto, desde então todas as graças atribuídas a ele estão sendo registradas.
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