Os prédios onde atualmente o Datanorte e alguns bares da Ribeira guardam uma história oculta aos olhos nus. Antigamente já foram grandes e bonitos casarões. Um deles estava o primeiro cinema de Natal, Polytheama, que funcionou durante a década de 20. A empresa pertencia a uma rede que tinha em várias cidades brasileiras. A paulista Jundiaí, por exemplo, transformou seu Polytheama em um teatro.
O cinema exibia filmes vindos do Rio de Janeiro que eram importados pelas Companhias norte-americanas que montaram sucursal na então capital do Brasil. O local foi inaugurado pelos idos de 1915, na Rua Chile. Porém, os filmes demoravam a chegar pela falta de produção suficiente.
Naquela mesma época, o Teatro Alberto Maranhão, ainda chamado de Carlos Gomes, também exibia filmes.
Além disso, o Poly exibia o Cine-Jornal, onde se filmava os principais acontecimentos do Rio Grande do Norte daquele tempo, conforme um cartaz exibido naquela época:
Depois se mudou para um prédio bem maior, com duas portas arcadas, quatro janela e arejado na Praça Augusto Severo, com sorveterias para os seus clientes, servindo taças de sorvete e picolés de diversos sabores. Tanto que muitos natalenses chamavam essas sobremesas de “Poly”. O local era um grande encontro dos natalenses, eles se vestiam como se fosse para um grande baile. Mulheres com os vestidos mais finos e homens de terno, gravata e chapéu. .
As sessões eram bem mais concorridas aos finais de sábado e domingo. Porém, tinha aqueles que preferiam assistir, também, às quartas-feiras.
Com a chegada de novos cinemas da cidade e das dificuldades de exibir filmes naquela época, o primeiro cinema fechou as portas e o espaço daquela Praça Augusto Severo foi se modificando ao longo dos anos. Apesar das modificações existentes, o Polytheama ainda estará guardado nas mentes dos natalenses.
Quer saber aonde ficava? Veja esta imagem a seguir: