Na noite de segunda-feira (20), a equipe do Som da Mata quebrou o silêncio e falou sobre o caso de Polícia que terminou precocemente o show deste domingo (18). A apresentação da Kalouv foi interrompido pela Polícia Militar Ambiental, alegando que o grupo estava causando poluição sonora.
A organização nega que estava fazendo o barulho e a única intenção deles era difundir a cultura no Rio Grande do Norte e ajudar na manutenção do parque. “É intuito do Som da Mata formar plateias para a música instrumental em nossa cidade, e ao mesmo tempo difundir os artistas locais de forma gratuita para os frequentadores, lembrando que a taxa simbólica de R$ 1,00 (um real) para manutenção do Parque não é revertido para o projeto”, disse em um dos parágrafos da nota.
Além disso, a produção espera que o show deste domingo não impeça a continuidade dos novos concertos. O caso fez com que o grupo, o produtor e um músico que emprestou a bateria para Kalouv ficassem quatro horas no Plantão Zona Sul, no bairro de Candelária, e fossem autuados por pertubação.
Era 13 horas (sem horário de verão) quando a banda chegou ao Parque das Dunas, eles foram direto ao anfiteatro Pau-Brasil, começaram a montar seus instrumentos e fazer a passagem de som. Um dos músicos do coletivo chegou a emprestar a bateria para os rapazes tocarem. Realizaram a passagem de som e tudo estava tranquilo. Eles queriam começar a tocar no horário, 16h30.
O Kalouv estava na segunda música quando a Polícia Militar chegou com um decibelímetro, que foi medido em frente ao palco. Então, o som teve que ser abaixado. Entretanto, a banda ficou sem o retorno, ou seja, não estavam conseguindo lhes ouvir. Então, o grupo decidiu encerrar o show mais cedo e pediu para que a plateia fosse bater palmas.
Foi neste momento que a polícia voltou e levou o produtor e os integrantes para a Plantão Zona Sul, no bairro de Candelária, causando vaias da plateia.
Já a Polícia Militar enviou uma nota para imprensa, alegando que estavam cumprindo ordens após denúncias de frequentadores sobre o barulho e comentou que o grupo estava estimulando que a plateia a criticar duramente a ação dos policiais, algo que foi negado na nota publicada na fanpage do grupo.
O Som da Mata e está incluso dentro da lei municipal de incentivo à cultura e tem apoio de importantes empresas. A nota completa estará disponível a seguir:
O projeto Som da Mata, desde julho de 2006, apresenta shows das mais variadas vertentes da música instrumental produzida na nossa cidade, divulgando para a comunidade e visitantes o talento de artistas desse segmento, em meio à exuberância da Mata Atlântica do Parque das Dunas.
É intuito do Som da Mata formar plateias para a música instrumental em nossa cidade, e ao mesmo tempo difundir os artistas locais de forma gratuita para os frequentadores, lembrando que a taxa simbólica de R$ 1,00 (um real) para manutenção do Parque não é revertido para o projeto.
No Dia da Criança (12 de outubro) acontece o Sonzinho da Mata, quando crianças de algum projeto de inclusão social através da música ocupam o palco para mostrar o seu trabalho.
Já foram produzidos quatro CDs com músicas cedidas por artistas que participaram do projeto para distribuição entre clientes, colaboradores e amigos do projeto.
Até o último domingo, o Som da Mata já realizou, nesses quase 10 anos de existência, exatamente 234 concertos, em sua grande maioria de artistas potiguares, mas também cedendo seu palco para grupos além de nossas fronteiras como: Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e até do exterior: Estados Unidos, Japão, Áustria e Argentina, provocando uma troca de experiências entre os admiradores da boa música instrumental.
A equipe que produz o Som da Mata espera que o bom senso prevaleça e que possamos continuar realizando o nosso trabalho de promover a Cultura na nossa cidade.
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