Natal já passou e na véspera, dia 24 de dezembro, resolvi fazer algo diferente. Montar a ceia sozinha? Não, brechar o Alecrim, pois eu não sei cozinhar coisas gostosas, com exceção do brigadeiro. Sabia que os shoppings estavam lotados, porém queria saber se o bairro comercial estava lotado até mesmo no período da tarde, onde começa a diminuir as pessoas no local e os primeiros estabelecimentos começaram a fechar.
Como sempre durante o período natalino, a gente esquece de comprar alguns presentes. Além disso, precisávamos pegar algumas coisas por lá. Então, eu tive a ideia de registrar o Alecrim durante este período, algo que já fiz antes quando trabalhava em uma redação.
O que mais gosto do Alecrim é a pluralidade daquele espaço e também da variedade produtos. O que não tem nos principais shoppings da cidade tem lá.
Vamos fazer um diário do Alecrim em véspera de Natal! Eram 13 horas quando saí de casa com o objetivo de resolver problemas rumo ao bairro da cidade. Inicialmente, pegamos um leve engarrafamento fora do comum em dia de feriado, que foi por conta dos principais shoppings cheios de gente querendo pegar os últimos presentes que devem.
– A galera está desesperada, o povo está atravessando na faixa de pedestre mesmo no sinal verde – dizia mãe com cara de espanto.
Trocamos o estresse do engarrafamento pela problematização e dentro do carro começamos a discutir o porquê das pessoas comprarem os presentes de última hora ou sair de casa na véspera de Natal para resolver algumas coisas. Criamos várias teorias, porém sem nenhuma solução.
Ainda no trânsito, nós críamos diversas estratégias de qual rua que poderemos ir e pegar um trânsito mais ameno. Então, nós resolvemos pegar a Avenida Alexandrino de Alencar e depois a Avenida Coronel Estevam, uma das principais vias do bairro. A intenção era pegar a Avenida Presidente Bandeira, pois onde os nossos compromissos ficavam nesta via.
– Lara, deve estar vazio que só o Alecrim, pois as lojas estão começando a fechar. Será que dará certo a sua reportagem?
Para o nosso espanto, o Alecrim ainda estava abarrotado de pessoas. Ao mesmo tempo que tinha gente voltando de suas compras natalinas pela manhã, ainda tinha gente para comprar mais coisas. Algumas lojas realmente já estavam fechando as portas, porém outras estavam em pleno vapor e com os carros de sons estavam anunciando diversas promoções para queimar o estoque.
Os ambulantes estavam funcionando e vendendo diversos produtos, camelódromo estava lotado (estavam vendendo calcinhas por nove reais, que geralmente custam 15 reais), desde as bonecas do filme Frozen até aqueles carregadores de celular portátil, no qual eu me arrependi de não ter comprado, visto que estou precisando de um e o que ganhei no dia do jornalista se encontra inutilizado. Aquela quinta-feira poderia ser resumida em uma só palavra: filas.
– Nossa, as pessoas sempre deixam de última hora, o movimento melhorou com hoje – dizia uma das ambulantes enquanto andava na rua.
– Deixe de reclamar, filho! Você sabia que comprando de última hora vai ficar doido, irritado… – dizia uma idosa para seu filho resmungão.
Eram filas para estacionar o carro, para pegar um açaí de tamanho médio por dois reais, pegar um ônibus para voltar para casa, comprar presentes, almoçar nos self-services existentes…Enfim, ainda estava um amontoado de gente. Até as lojas de aluguéis de vestidos de noivas estavam bastante requisitados pleos natalenses. Parecia que a crise econômica não existia.
Sobre a Praça Gentil Ferreira ou Praça do Relógio, estava com bastante gente naquela tarde. Se brincar, estava mais lotado que às 9 da manhã.
Não podia comprar fiado, fica a dica!
Após várias fotos e registros. O que aprendemos hoje é: Nunca duvide do poder do bairro do Alecrim!
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