Esta foto mostra que tive de descer oito andares de escada para conseguir chegar na entrada principal do shopping. Isto aconteceu neste domingo (20) e a intenção era apenas almoçar, nada de comprar presentes ou algo do tipo. A única coisa boa é que tirei um pouco do meu sedentarismo e a parte mais chata é a obrigação de subir novamente para chegar ao carro com destino ao próximo rolé.
Um dos shoppings de Natal é conhecido pelo acesso ser apenas por elevador ou escada. Então, a fila para o elevador estava parecendo a fila para pegar o Circular, linha de ônibus que faz acesso pelo campus da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Quando vi aquilo, logo pensei:
– Vou descer de escada, isto ainda pode causar um problema com a superlotação nos elevadores.
Quando resolvi descer a escada, muitas pessoas estavam aderindo à minha ideia. Eram muitas pernas subindo e descendo aquele lugar. “Nossa! Muita gente comprando, mesmo dizendo nos jornais que estamos abarrotados de problemas econômicos”. As pessoas, mesmo não podendo, querem fornecer algo especial para a família e principalmente para eles. Alguns não pensam de forma egoísta e conseguem fazer festas para crianças e adultos que não possuem nada disso.
Os dias próximos ao Natal são engraçados, a compra dos presentes já parece uma mini-festa. Todo mundo feliz escolhendo algum objeto. Esse sábado (19), minha mãe insistia ir com a família para comprar os presentes para meu pai, minha irmã e comigo.
– Eu prometo que não vou voltar ao shopping depois, porque quero comprar todos os presentes logo!
Não pude ir, pois eu já tinha outros compromissos. Mas, meu pai e minha irmã foram juntos com ela e parecia que estavam no clima natalino. Só falta o shopping fornecer peru, chester ou pernil para o corredor principal e todos se abraçando. Quando eu voltei, eu os via sorrindo e cheios de sacola.
Engana-se que ela não voltou ao shopping, pois na noite de ontem (22), eu e ela fomos caminhar novamente ao shopping para fazer mais compras. A gente ficava impressionada com o desespero dos vendedores em fornecer promoção de todos os tipos, como enfeites por apenas 50% de desconto. Tinha promoção marota para quem quisesse comprar à vista e dentre outras coisas.
Porém, a missão mais difícil foi encontrar um sabre de luz, arma conhecida da série Star Wars, para fornecer de presente para um dos meus primos caçulas (sim, eu tenho bastante primos). O primeiro, consegui encontrar com um preço acessível, até cheguei tirar uma foto.
De acordo com o Wikipedia: “Um sabre de luz é uma arma de energia ficcional destaque no universo de Star Wars. Ele consiste em um empunhadura de metal polido que projeta uma lâmina de energia iluminada geralmente com cerca de 1,22 metros de comprimento, embora alguns sabres de luz tenham um comprimento diferente. O sabre de luz é a arma da assinatura da ordem Jedi e os seus homólogos Sith, tanto de quem pode usá-los para o combate próximo, ou para desviar os disparos da Blaster”.
Só tinha esse, este era o último e era do lado da luz da força. Então, eu escondi e saí correndo para avisar a minha mãe. Quando voltamos para loja, cadê o sabre de luz? Algum abençoado tinha levado aquele.
– Moço, tem o sabre de luz?
– Vendemos tudo, moça.
– Mas, não sobrou um.
– Acabei de vender o último. Essas arminhas (sic) estão sendo um sucesso. As mais caras esgotaram no domingo!
– Na loja do outro shopping ainda tem?
– Nem lá ainda tem! (Espero que o vendedor tenha falado a verdade!)
Então, nós fomos procurar em uma outra loja de brinquedo no qual também havia o sabre em poucas unidades e todos eram do lado negro da força.
– Moça, tem sabre de luz?
– Ah, eu tenho, está sendo um sucesso, todos os meninos estão procurando. As meninas também. É de que filme mesmo?
– Star Wars.
– O quê?
– Guerra nas Estrelas!
– Ah tá!
Detalhe, os sabres vendiam de preço variados, o mais caro que podia ser encontrado custava “apenas” 300 reais. Os mais caros todos estavam esgotados, que eram mais enfeitados e soltavam barulhos e luzes ou até mesmo fantasias. Como nem eu e minha mãe defecamos dinheiro, nós compramos o mais barato que tinha, no qual custava apenas 59 reais.
Mas o Darth Vader é um vilão carismático, por que não? Nós corremos e garantimos um presente para deixar uma criança/pré-adolescente feliz.
Até que minha mãe fala:
– Vamos comprar mais dois sabres para os seus outros primos. Os bichinhos, eles vão querer brincar. Então, todos vão ter esses brinquedos e ninguém vai brigar.
Então, nós conseguimos pegar os três últimos sabres no estoque. Só estou esperando a correria dos garotos fazendo briga com as armas. Prometo que tirarei fotos! Feliz Natal, leitores!
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