O Rio Grande do Norte possui mais de 150 municípios e três deles possui nome de algum país ou cidade que não fica no Brasil. Nós vamos contar a história dessas cidades a seguir. Confira:
Barcelona
Não precisamos ir na Espanha, nós temos uma própria Barcelona. De acordo com o Wikipedia, a cidade foi colonizada no início do século XIX por sertanejos vindos do Seridó, bem como de outras regiões do RN e tamb[em da Paraíba. Segundo o historiador Câmara Cascudo, a primeira casa do “Salgado”, nome pelo qual a região era conhecida, foi construída pelo Sr. José Maria do Nascimento, natural de Bodó, que ao lado de dois irmãos foram os primeiros proprietários de terras. A fazenda Salgado já era conhecida em 1864. Salgado, primeiro nome pelo qual Barcelona ficou conhecida, se deve ao alto teor de salinidade dos terrenos do município. Mas por que o nome de Barcelona?
Em 1929 o prefeito de São Tomé, município do qual Barcelona fazia parte, mudou o nome do povoado de Salgado para Barcelona. O nome provém de um seringal localizado na Amazônia, onde o então prefeito havia trabalhado. Portanto, nada a ver com as terras espanholas. No dia 29 de abril de 1958 o deputado José Clementino Bessa apresentou no plenário da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte um projeto de lei propondo a criação do município de Barcelona. Transformado no processo de nº 137/58, o projeto percorreu todos os tramites legais até ser aprovado no final do período legislativo daquele ano. O município foi emancipado de São Tomé através da Lei nº 2.331, de 17 de dezembro de 1958(Diário Oficial do Estado de 28.12.1958) assinada pelo então governador do Rio Grande do Norte, Dinarte de Medeiros Mariz.
Equador
Equador é o município mais meridional do RN. Embora a linha do equador não seja um meridiano. De acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2007, sua população é de 5.875 habitantes. Não se sabe ao certo o porquê deste nome mas foi resultado do fazendeiroSimão Gomes da Silva em 1856, quando uma epidemia do cólera estava dizimando os habitantes da região. Temendo uma catástrofe, fez um voto a São sebastião que se ele o livrasse e seus familiares da doença, doaria um terreno, edificaria uma capela e colocaria uma imagem do referido santo. A terrível peste não foi contraída por Simão e nem por seus familiares e ele cumpriu a promessa. Doou 220 metros quadrados de terra, construiu a capela e colocou a imagem de São Sebastião. Então, começara a surgir construções de residências nas imediações da capela, nascendo assim em 1856 o povoado de São Sebastião, sendo este seu primeiro nome. A primeira missa foi celebrada no mesmo ano em que foi fundado o povoado, 1856. A primeira feira livre aconteceu em 1870 debaixo de uma baraúna. Simão Gomes faleceu em 1886.
Em outubro de 1938, o povoado de Equador passou a ser distrito de Parelhas e em 1º de janeiro de 1939, passou a vila, tendo como sub-prefeito o Senhor Jacob Alves de Azevedo. Somente no ano de 1962 Equador passou a cidade, através da lei nº 2,799 de 11 de maio de 1962.
Alexandria
Não estamos falando da famosa cidade do Egito. Existe uma cidade no Rio Grande do Norte com este nome e fica na região Oeste do estado, bem pertinho do Ceará. Alexandria foi emancipado de Martins e Pau dos Ferros na década de 1930, com a denominação João Pessoa. O nome do município, vigente desde 1936, é uma referência a Alexandrina Barreto Ferreira Chaves, mulher de Joaquim Ferreira Chaves, que foi senador e governador do Rio Grande do Norte. Desde a sua emancipação, desmembraram-se de seu território os municípios de Tenente Ananias (1962), João Dias e Pilões (os dois últimos em 1963).
Segundo o documento Tombo de Demarcação, datado de 26 de setembro de 1759 e descoberto nos anos 1950 pelo historiador Antonio Fernandes Mousinho, a primeira denominação do município de Alexandria foi Barriguda, em referência à Serra Barriguda, onde se localizava a fazenda de mesmo nome, ponto de origem fundamental ao surgimento do município. Conforme o mesmo documento, o senhor José da Costa, sua principal testemunha, com a mão direita em cima da Bíblia, jurou falar a verdade ao afirmar que tinha 63 anos de idade e era morador da fazenda. Outra versão, não oficial, refere-se a uma árvore, chamada “Pé de Barriguda”, que existia na nascente de um curso de água perene no pé da Serra Barriguda, em que viajantes paravam para descansar e usufruíam desta água.
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