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Como uma pelada de futebol e basquete ajudou a revitalizar quadra do ponto 7 de Capim Macio

Estamos acostumados a mais reclamar das cidades em que moramos do que reparar nas coisas belas que elas transbordam. Para isso é preciso criar um olhar cuidadoso nas costuras do cotidiano. Sabe aquele olhar curioso que repousamos sobre aquele lugar para o qual estamos viajando pela primeira vez? É esse mesmo olhar que precisamos cultivar…

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Estamos acostumados a mais reclamar das cidades em que moramos do que reparar nas coisas belas que elas transbordam. Para isso é preciso criar um olhar cuidadoso nas costuras do cotidiano. Sabe aquele olhar curioso que repousamos sobre aquele lugar para o qual estamos viajando pela primeira vez? É esse mesmo olhar que precisamos cultivar dentro da própria cidade. A cidade é sempre um espaço de trocas, construções coletivas, e também de novas descobertas.

No Largo Capim Macio há uma quadra de basquete que há um bom tempo estava esquecida – era escura, no meio do nada, com muito mato em volta, nem dava para se notar a presença dela. Mesmo assim, um pessoal se juntava ali para jogar de vez em quando. Todas as quadras daquela região estavam destruídas, sem condições para dar uns arremessos e a única mais apresentável era essa.

A pelada da quadra existe há uns três anos, eles vinham de um a um, passavam por ali, percebiam o jogo rolando e entravam para participar. Há aproximadamente 6 meses, o pessoal mais velho, que participava da pelada todos os dias, resolveu revitalizar a quadra: pintaram, limparam o entorno… E também organizaram um abaixo-assinado há um ano para reivindicar pela instalação de refletores, para que a pelada não terminasse assim que escurecesse.

Moradores foram atrás da então vereadora Amanda Gurgel para que os refletores fossem colocados e até agora nada

Na época, o abaixo-assinado não surtiu efeito, foi só agora, próximo da época de eleições que conseguiram que a iluminação foi instalada – agora a pelada também rola à noite. Toda essa transformação da quadra ao longo do tempo foi testemunhada pelo Gil, da famosa cigarreira que fica logo ao lado.

Na quadra dá todo o tipo de gente: pessoas de 12 a 60 anos, gerações que se misturam, e todo fim de semana tem um novato, um chama o outro, o pessoal é bem aberto. Eles se organizam através de um grupo do whatsapp, que tem umas 100 pessoas, mas dizem que são 30 que participam assiduamente. O basquete rola praticamente todo dia, mas aos fins de semana a quadra bomba de verdade.

Um dia estava por ali para conversar com o pessoal e coletar as informações para a matéria e percebi um moço que estava vestido com o uniforme do trabalho que parou para olhar o pessoal jogando. A galera percebeu que ele estava ali no canto e o chamou para jogar. Ele entrou na quadra, vestido daquele jeito mesmo, e se divertiu um pouquinho com o resto do pessoal. Essa pelada nasceu do desejo de um bando de colegas de praticar o esporte que amavam. E ao mesmo tempo, deu vida a uma esquina esquecida em Natal.

Comentários

Uma resposta para “Como uma pelada de futebol e basquete ajudou a revitalizar quadra do ponto 7 de Capim Macio”

  1. João Barros

    Bom dia.
    Meu nome é João, sou advogado e tenho 42 anos.
    Gosto muito de jogar basquete. Estou indo a Natal com minha familia agora em Fevereiro.
    Gostaria de saber onde as pessoas costumam a jogar basquete na cidade, praça, ginágio, colégio, clube e etc., locais esses onde possamos ir para jogar tambem.
    Desde já agradeço pela atenção.
    Att.
    João.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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