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Candidato na eleição passada por ameaçar feministas é punido na Justiça Eleitoral

O candidato Jaufran Siqueira foi condenado pela Justiça Eleitoral ao pagar uma multa de 10 mil reais à Justiça Federal, após ter publicado em suas redes sociais uma fotografia dizendo que iria queimar as feministas caso fosse eleito nas eleições municipais do ano passado. A decisão não cabe mais recurso. O resultado da decisão judicial…

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O candidato Jaufran Siqueira foi condenado pela Justiça Eleitoral ao pagar uma multa de 10 mil reais à Justiça Federal, após ter publicado em suas redes sociais uma fotografia dizendo que iria queimar as feministas caso fosse eleito nas eleições municipais do ano passado. A decisão não cabe mais recurso.

O resultado da decisão judicial veio de uma representação, que foi protocolada pela vereadora Natália Bonavides, no qual sua profissão é advogada, além de por várias outras natalenses. A Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher do Rio Grande do Norte também protocolou representações, após mais de duas mil denúncias feitas pela população de Natal.

A Justiça Eleitoral considerou que as postagens eram ofensivas e incitavam a violência; e que a finalidade da propaganda eleitoral não poderia ser desvirtuada tornando-se palco de agressões morais e ideologias preconceituosas

“Essa é uma vitória de cada mulher, cada feminista e cada pessoa que luta diariamente pela dignidade e vida das mulheres”, disse a vereadora em sua página oficial no Facebook.

Para quem não lembra da história, na eleição passada, o candidato Jaufran Siqueira, do Partido da Mobilização Nacional, postou em sua página oficial no Facebook a imagem (foto acima do título) de uma casa pegando fogo com os dizeres “Isso é o que vai acontecer com as feministas quando Jaufran for eleito vereador”. Cerca de mil seguidores do candidato apoiaram a foto, mas outros 2 mil criticaram a atitude dele.

A postagem foi deletada, mas ele havia negado que tinha feito discurso de ódio e que era apenas uma piada.

Em nota, Jaufran também afirmou que “as acusações de discurso de ódio, de incentivo à violência e ao assassinato de mulheres não passam de tentativas de manchar a minha imagem. Minha vida tem sido pautada no respeito mútuo e na proteção de amigas, primas, afilhadas, namoradas ou qualquer outro tipo de relação parental ou amorosa”.

Na época, o PMN disse que iria expulsá-lo da legenda, mas voltou atrás.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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