O nome da flor é xanana (pode ser escrita como chanana) e é considerada uma planta medicinal, mas também por ser um patrimônio de Natal, visto que esta florzinha é muito comum nos canteiros e ruas da cidade de Natal. Também é muito utilizada na medicina popular, visto que é um antinflamatório, antidepressivo e calmante, pela produção de substâncias aleloquímicas, que são muito utilizadas na medicina popular.
Xanna também é conhecida também como flor-do-guarujá, turnera e albina. Além de Natal, a flor também pode ser encontrada em outros estados da região Nordeste e Norte. A Xanana foi reconhecida como Flor-símbolo do Natal pela Lei Municipal número 05350/2 de 17 de janeiro de 2002. O projeto da lei de autoria do vereador Franklin Capistrano. O poeta, advogado e professor, Diógenes da Cunha Lima, descreve a flor nesta seguinte forma:
É a Chanana ou Xanana como querem os poetas. É uma flor matinal; abre-se ao sol e permanece aberta, até por volta das 10 horas. Esse pequeno arbusto é bem adaptado ao sol forte e não exige muito trato para se desenvolver. Desprezada por muitos é arrancada do solo na condição de “mato” sem importância e relegada a condição de lixo urbano. Mas a xanana é uma flor rebelde. Quando menos se espera ela nasce exuberante. Basta chover um pouco para a cidade ficar florida. “Não se deixa cultivar, não serve para ser plantada em jarro, recusa floreira, não dá lucro a florista. Deus é o seu floricultor.
O estudo e a identificação dos seus microrganismos endofiticos torna-se importante pelo seu potencial biotecnológico para aplicação na agricultura e na medicina, que é empregada no tratamento de acne, tumores, diabetes, albuminúria, amenorréia e processos inflamatórios do sistema respiratório. O seu óleo essencial inibe o crescimento de fungos do gênero Trichophyton, Microsporum e Epidermophyton.
Considerada planta invasora em solos cultivados, conseqüência da fácil dispersão das sementes. Apresenta efeitos psicoativos e terapêuticos com propriedades tônica, estimulante, afrodisíaca, diurética, expectorante e adstringente. Ainda é utilizada como pesquisa para o HIV, o famoso vírus da AIDS, pelo Departamento de Farmácia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que há 18 anos desenvolve um fitoterápico à base da planta Chanana para utilização em soropositivos.
O tratamento consiste na ingestão da tintura da Tunera guynensis L. (nomenclatura científica da chanana) pelos pacientes atingidos pelo vírus. “A planta tem propriedades energéticas.
Desta forma, o corpo, enfraquecido pela ação do vírus, se tonifica e reage melhor no combate às infecções oportunistas em conjunto com os medicamentos alopáticos (de base química)”, explica a pesquisadora. Um grupo formado por 33 pessoas recebe o tratamento a base dos medicamentos fitoterápicos. Cada um consome mensalmente em média 300ml da tintura.
Deixe um comentário