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Quem é o moço que toca piano no Midway?

Todo fim de tarde, o shopping Midway realiza a apresentação ao vivo de piano, que toca todo tipo de música naquele instrumento, desde o clássico até o mais popular. O som é espalhado por todo o prédio, graças ao microfone que capta o som e transmite pelos auto-falantes. Entretanto, tem gente que prefere ver a…

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Todo fim de tarde, o shopping Midway realiza a apresentação ao vivo de piano, que toca todo tipo de música naquele instrumento, desde o clássico até o mais popular. O som é espalhado por todo o prédio, graças ao microfone que capta o som e transmite pelos auto-falantes. Entretanto, tem gente que prefere ver a performance mais de perto, fica pedindo música ou incentivando o pianista. Na verdade, a equipe é formada por um grupo de três a quatro pianistas que se revezam por dia.

Brechando entrevistou o Larsen Félix, um dos pianistas que toca no Midway, que já tem uma experiência vasta na música muito antes do shopping. Além do piano, ele “tenta arranhar no violão”.

Começou a tocar piano ainda criança, com 12 anos, na Escola de Música da UFRN, mas começou a levar a música a sério ainda na juventude, quando participou de diversas bandas na cidade tocando teclado. “Isto foi em 1980, faz tempo, né? (risos)”. Ao longo do tempo, ele começou a estudar as partituras  e se dedicar ao piano.

Depois, entrou na faculdade de Direito e se tornou advogado, no qual hoje não exerce a profissão. Nesse período, na década de 90, levou a música a sério, quando começou a assumir os teclados de algumas badas da cidade e “tocou em todo tipo de banda”.  Além disso, trabalhou durante 18 anos na Escola do SESC.

Nos anos 2000, ele deixou a carreira em bandas de lado e começou a tocar piano nos bares e restaurantes de Natal. Foi assim que chamou atenção da diretora de marketing do Midway Mall, no qual lhe convidou para trabalhar. “Estou aqui desde o início do shopping, há 11 anos. Sou da equipe da primeira turma de pianistas”, comentou.

Nesse período, ele já acompanhou muitos momentos, desde pedidos de namoros/casamentos até pessoas se emocionando com o som que tocava.  Mas isso não quer dizer que já passou por momentos engraçados. “Um dia estava tocando no shopping e um grupo de adolescentes se ajoelhou e começou a me reverenciar, como se fazem com os reis. De propósito, comecei a estender a música para ver o que acontecia e eles continuavam na mesma posição. Não sabia se era uma homenagem ou zoeira. Depois, eles bateram palma e foram embora”, disse.

Félix comenta que ama trabalhar com a música e a interação com o público é o que faz ser mais gratificante. “Muito bom receber um elogio da pessoa que diz aquela música lhe fez sentir melhor naquele dia”, comemora o Larsen, enquanto lhe entrevistava uma senhora de 80 anos lhe elogiava bastante, agradecia e dizia que ele lhe estimulava a tocar.

“Tem uma outra senhora que mora perto do shopping que sempre vem por aqui e fica muito feliz quanto toco Bossa Nova, pois ela nasceu no Rio de Janeiro e lembra que viveu os anos dourados da cidade nos anos 60”, comentou.

Para quem quiser começar com música, ele recomenda: “Quando a pessoa é boa em uma determinada coisa, vale a pena trabalhar com a música. Natal tem bastante músicos talentosos. Hoje em dia, a Escola de Música da UFRN está formando músicos de alto nível. Lute pelos seus sonhos”, finaliza.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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