Dia 24 de agosto é o aniversário de morte de Getúlio Vargas e um dos momentos marcantes do ex-presidente do Brasil foi o encontro dele com o presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt (Foto acima). Esse encontro aconteceu no ano de 1943 e marca o início da participação do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. O nome do encontro se chamou Conferência do Potengi, por causa do nome do rio que banha a capital potiguar.
A reunião aconteceu no dia 29 de janeiro de 1943, o presidente americano na época da Segunda Guerra, Franklin Delano Roosevelt, e o presidente brasileiro Getúlio Vargas visitaram a Rampa e celebraram no local a Conferência do Potengi. O encontro resultou na transformação da Rampa em uma base aérea militar utilizada durante a Segunda Guerra Mundial sendo utilizada até 1944.
Os Estados Unidos adentraram a Segunda Guerra Mundial após os japoneses terem atacado a base militar de Pearl Habor, no Havaí, em 1941. Então, os americanos se juntaram com a Inglaterra, União Soviética e China para atacar os integrantes do Eixo, formado pela Itália, Alemanha e Japão.
Voltando da Conferência de Casablanca, que decidiu sobre o caminho a ser seguido pelos aliados, o presidente americano decidiu visitar as instalações militares na região de Natal, que contribuíam principalmente com o envio de aeronaves e suprimentos para os frontes na África e Ásia. Além da visita, ocorreu a conferência entre os dois presidentes a bordo de um destroyer americano atracado no porto de Natal, no Rio Grande do Norte.
O porto está localizado às margens do Rio Potengi, daí o nome da conferência. Após sair do porto, que fica na Rua Chile, o Roosevelt conheceu a Rampa, base militar dos Estados Unidos que foi instalada na cidade.
A Rampa é uma antiga estação de passageiros e de transporte de correspondências, utilizada como base para receber hidroaviões. Seu posicionamento estratégico, em Natal, Rio Grande do Norte, a tornou de indubitável valor durante o transcorrer da Segunda Guerra Mundial, na década de 40, quando veio a se tornar a primeira base a operar missões da guerra na América do Sul.
No início da história da aviação, devido à precariedade mecânica das aeronaves e à raridade das pistas de pouso, era comum a utilização de hidroaviões, principalmente nas rotas aéreas que cruzavam longos trechos de oceanos e mares. Por sua proximidade com a África e a Europa, Natal foi escolha natural para sediar uma base. À época, grande parte dos voos entre a Europa e a América do Sul faziam escala no local.
Em 1930 foi construído o prédio atual. Operavam no local as companhias aéreas Pan American, Pan Air do Brasil e Lufthansa. No final da década de 1930 foi construído o declive que deu nome ao local, a rampa, para facilitar o acesso dos hidroaviões.
Voltando a falar sobre a Conferência do Potengi, os presidentes, durante o encontro, definiram os acordos que deram origem à Força Expedicionária Brasileira (FEB), que foi uma força militar aero-terrestre constituída na sua totalidade por 25.834 homens e mulheres.
Falaremos da FEB em uma outra postagem.
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