Para chamar atenção do público da cidade, o Museu Câmara Cascudo (MCC) realizou, neste sábado (26), um evento em que misturava Food Truck com exposições gratuitas.
Primeiro vamos falar o que tem de interessante no MCC, pois o local existe desde 1960 e contém exposição de fósseis, sedimentologia, anatomia comparada, ambientes, ciclos de couro e da cana-de-açúcar, artes sacra e popular, arqueologia, indiologia e culto afro-brasileiro, além de peças relevantes da História de Natal e do Rio Grande do Norte.
As atividades faziam parte da 9ª Primavera dos Museus, que acontece nacionalmente em diversos museus espalhados nas terras brasileiras.
“Mas não existe museus em Natal, esta cidade é tão provinciana”. Está enganado! A capital potiguar possui diversos museus espalhados na cidade. O Museu fica na Avenida Hermes da Fonseca em frente ao quartel do Exército. O local é administrado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
Nesta semana, por exemplo, existia uma exposição chamada “Domesticando a Selva”, que ficava espalhada no térreo do Museu. Eles explicavam a origem da domesticação de plantas e animais dos indígenas. Sem contar que tinha a parte de degustação de quitutes originários dessas plantas. Os alimentos rapidamente acabavam e tinham que ser repostos rapidamente.
Ainda no térreo havia o “Xico Santeiro – Uma Escola de Arte Popular”. Para quem não sabe, Xico Santeiro foi um escultor conhecido no Rio Grande do Norte afora, que faleceu em 1966. O nome dele é Joaquim Manoel de Oliveira e nasceu em Santo Antônio do Salto da Onça. Inicialmente, as suas esculturas eram de cunho religioso, todas de madeira.
Na década de 1940 fixou residência em Natal e começou a criar para colecionadores e turistas, expandindo o repertório para os temas regionais (Lampião e Maria Bonita, retirantes, carro de boi, etc.) e iniciando membros de sua família no ofício da escultura. Tornou-se, então, um dos primeiros artistas populares reconhecidos e valorizados em todo o Brasil.
Após a sua morte, sua filha e seu genro deram a continuidade de seu legado. Durante a exposição, o visitante poderia ver as suas inspirações e detalhes de como elaborou cada trabalho.
No final do térreo, havia uma exposição de paleontologia que apresentava fóssil de preguiça e outros seres que viveram no Rio Grande do Norte há milhões de anos. Além disso, havia uma simulação de uma caverna com a intenção de mostrar o trabalho dos geólogos. Por fim, no segundo andar, havia um trabalho que mostra o cotidiano das tribos indígenas remanescentes no estado.
Agora vamos falar de Food Truck. O Museu, que geralmente funciona até às 17 horas, se estendeu durante a noite para receber os Food Truck da cidade. Você podia comer um salgado, bolo, café ou até mesmo um churrasco. Sem contar que tinha música ao vivo.
Perdeu esse dia? Não tem problema, o museu funciona das 9 às 17 horas e para ver as exposições custa apenas dois reais.