As religiões africanas ainda são consideradas um tabu no Brasil, mas alguns a acham encantadora e motivo para se espelhar na elaboração de filmes, músicas e inclusive no RPG. Em dezembro do ano passado foi lançado o Odú, um RPG baseado na mitologia afro brasileira, principalmente no Candomblé, que usa búzios no lugar de dados como forma de definir os resultados das ações. Ele é fruto da parceria do autor, Felippe Bardo, com o Jorge Valpaços do Lampião Game Studio, que revisou e organizou o livro que vocês podem baixar gratuitamente.
Odú, segundo as religiões afro-brasileiras, são inteligências que participaram da criação do universo. Cada pessoa traz um quando nasce e este o influencia nas suas decisões. Cada Orixá, por exemplo, pode ser governado por vários odús.
O jogo funciona da seguinte forma: cada jogador escolhe o orixá do personagem e lá parte para diversas aventuras. Primeiro, você precisa montar o personagem através de uma ficha e com os dados das mais variadas formas monta as suas características. Diferente dos outros jogos de RPG, que utilizam dados, estes usam búzios para saber as suas atividades durante o jogo.
Ele é fruto da parceria do autor, Felippe Bardo, com o Jorge Valpaços do Lampião Game Studio, que revisou e organizou o livro, que pode ser baixado neste link.
Para quem não sabe, o RPG é uma sigla em inglês para Role-play Game (RPG). Como funciona? Os participantes assumem papéis e criam narrativas colaborativamente. O progresso se dá de acordo com um sistema de regras predeterminado vindas de um livro, dentro das quais os jogadores podem improvisar livremente.
O mais famoso é o Dungeons and Dragons, carinhosamente chamado de D&D, criado na década de 1970, que inspirou o desenho “Caverna do Dragão”. Entretanto, nestes quase 50 anos de jogatinas já surgiram outros tão populares como D&D, como Shadowrun, GURPS, Fate, Vampiro, Pathfinder e dentre outros. Ele une os seus participantes em um único time que se aventura como um grupo.
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