A jogadora Marta disse após conquistar o quarto lugar nos jogos olímpicos: “Não se esqueçam do futebol feminino”. Alguns reclamaram de que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pensa em tirar a seleção brasileira liderada por mulheres, mas você sabia que está rolando a Copa do Brasil de futebol para garotas? Sabia que um desses jogos aconteceu na Arena das Dunas? Sim, a disputa aconteceu nesta semana, mais precisamente nesta quarta (24).
Além disso, teve cobertura do site ESPN. Por favor, mandem links se isso saiu na imprensa potiguar.
Sim, teve futebol feminino na Arena das Dunas, que foi palco do jogo Itália x Uruguai na Copa do Mundo de 2014. Entretanto, o jogo recebeu o menor público pagante da arena, desde a sua inauguração.
A partida, entre União, do Rio Grande do Norte, e Caucaia, do Ceará, pela Copa do Brasil feminina, estava inicialmente marcada para o estádio Manoel Barretto, o Barrettão, em Ceará-Mirim (RN), com capacidade para 10 mil pessoas, mas teve o local alterado no último dia 18, véspera de Brasil x Canadá pelo bronze olímpico, a pedido do clube mandante.
A comunicação do estádio que recebeu quatro jogos do Mundial definiu o duelo, às 15h, como “uma ótima oportunidade de valorizar o futebol feminino e conhecer a Arena”. Os ingressos tinham preço de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). Foram 279 presentes e apenas 194 pagantes, o pior registro da história do local.
Em termos de pessoas no estádio, o número só não é mais baixo do que o recebido em partida sub-19 entre América-RN x ABC-RN, pelo campeonato estadual da categoria, que teve público total de 247 pessoas.
O time potiguar venceu por 3 a 1, com gols de Mirla, Marcela e Andreia.
Apesar de ter perdido, o Caucaia sequer disputará o Cearense em 2016 em virtude de dificuldades financeiras. A participação na Copa do Brasil só foi possível pela cota recebida da CBF, ainda assim, com elenco reduzido e viagem de ônibus. Na Arena das Dunas, por exemplo, eram apenas 13 jogadoras disponíveis e comissão técnica incompleta.
Na primeira rodada da Copa do Brasil feminina, a ausência de profissionais na beira do campo era bastante comum. Entre os 26 times que entraram em campo, só o Araranguá, de Santa Catarina, tinha seis pessoas na comissão técnica. A maioria das equipes não contava com preparador de goleiras ou médico.
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