A foto a seguir mostra a pernambucana Arlety Santos está com a sua mãe, Sonia Regina da Silva, quando tinha aproximadamente 1 ano. Veja:
Sonia está desaparecida desde a infância de Arlety e está andando pelas ruas de Natal. Apesar desta semana ser dia dos pais, ela quer que sua família fique completa novamente. O Brechando contará esta história.
Nosso primeiro contato com a jovem de 17 anos foi através das redes sociais, quando ela leu este texto do blog, que está ilustrando a foto acima do título. Vamos falar da sua história.
A família morava toda em Recife. Entretanto, os pais viviam discutindo o tempo todo e resolveram se separar. “Meus pais chegavam a se agredirem e por isso se separaram. Hoje, meu pai, mesmo sendo uma pessoa de cabeça quente, se arrepende muito dessas discussões”, disse.
Na época, a mãe, que tem problemas mentais e estava aposentada por invalidez, foi morar com os avós de Sonia, junto com os filhos. Os problemas da mãe pioraram e a família resolveu que ela fosse morar em Natal, junto com a irmã. “Meu bisavô dizia que minha mãe tinha muita amizade com gente que era malicioso e então resolveu mandá-la para Natal. Eu tinha seis anos, na época, e o tempo passou e nunca mais a vi”, afirmou.
Quando Sonia estava na casa da irmã, ela conheceu um homem com que se apaixonou perdidamente, fazendo com que brigasse com toda a família, fazendo com que tivesse todo o controle da sua aposentadoria. A tia e os primos chegaram a receber ameaças do rapaz.
De acordo com Arlety, o companheiro da sua mãe já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas. Hoje, a aposentadoria por invalidez está bloqueada.
O casal também brigava constantemente, até a progenitora da jovem ter sido expulsa de casa e foi viver nas ruas natalenses.
“Na época, minha tia não fez nada (para denunciar à Polícia). Já viajei para Natal duas vezes para encontrá-la, uma em 2014 e outra no final do ano passado, com a ajuda de um amigo e meu namorado. Consegui algumas informações dela. Foi em um domingo, fui nos lugares onde dão almoço, mostrei a foto dela. Muita gente a reconheceu e disse que ela sempre passa em uma passarela. Acredito que faz uns três anos que ela vive nas ruas”, disse a pernambucana, que após a morte dos bisavós foi morar com uma prima mais velha. Hoje, ela tenta conciliar o trabalho com os estudos.
Uma das fotos que Arlety tem da mãe é essa daqui, que está um pouco desfocada:
“Eu era muito apegada a minha mãe quando pequena, sinto muito a falta dela. Dói em saber que ela está nas ruas com frio, fome e não posso ajudar. Quando visitei a cidade em dezembro, muitos moradores de rua comentaram sobre as suas vidas e falaram que às vezes são vítimas de gente maldosa. Fico abatida quando vejo que ela está correndo perigo o tempo todo”, admitiu.
Caso encontre a dona Sonia, que hoje está com 37 anos, Arlety quer levá-la de volta para Recife e prometeu que iria cuidá-la. Apesar da família lhe apoiar, somente ela que está correndo atrás de buscar o paradeiro da sua mãe.
“Vou pedir a ajuda do meu avô (pai de Sonia Regina) para que ele possa me ajudar a trazer para cá e poder morar com ela”, finalizou.
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