Podia ser um textão de Facebook, mas resolvi postar por aqui, uma forma de agradecer aos brecheiros (se está lendo pela primeira vez o blog, bem-vindo) por esse dia e de estimular as pessoas a não desistirem do jornalismo. Por que estou falando disso? Para quem não sabe, 1º de agosto é o aniversário do blog!
Com o advento de blogs, mídias sociais e outros meios de comunicação mais contemporâneos, muitos empresários estão perdidos na forma certa de renovar a imprensa, fazendo com que jornais impressos e outros meios fechassem as portas, deixando muitos desempregados. São muitos artigos que apontam muitos os culpados, porém poucos apresentam uma solução.
2015 foi ano que me fez sair da zona de conforto. Mais do que conhecer e dominar as ferramentas digitais, o profissional de comunicação da era digital precisa conhecer os novos influenciadores, as novas oportunidades de exploração de viabilidade para seus clientes e um novo contexto no qual um jornalista formado e com mente apurada pode fazer diferença. Não ache tosco apurar as notícias via Facebook ou Twitter, isto faz parte dos tempos modernos (não estou dizendo que você precisa trabalhar apenas em casa, certo? Repórter tem que fazer um rolé na rua).
Quando professores de mídias digitais falavam isso, eu achava que era uma bobagem, mas vejo que eles estão certos. Agora, a longevidade dos impressos está sendo questionada, os canais fechados estão perdendo espaço para o Netflix e outros via streaming da vida e o incentivo profissional está cada vez mais escasso.
No dia 1 de agosto de 2015, eu publicava a primeira postagem deste blog, que era essa daqui. Esta belezura de site completou 365 dias, acompanhou um movimento de translação do Planeta Terra e descobriu as coisas mais inusitadas de Natal, provando que a cidade tem história para a gente se sentir representado.
Além disso, conheci personalidades incríveis, bandas, música, livros, cotidiano e diversos eventos inusitados. Digo que ainda é só o começo de lutar por um jornalismo independente e, principalmente moderno. É possível fazer produção midiática na cidade e não desistam do trabalho como comunicador social, visto que a profissão ainda traz um leque de oportunidades.
São quase 300 mil views em um ano, 800 postagens e muitas alegrias que o jornalismo pode me proporcionar. Há um ano atrás, achava que meus planos estavam fechados e certos, nada poderia atrapalhar. Mas, as coisas mudaram. Calma, não estou dando uma de Poliana, digo que você pode criar algo para se manter nos momentos mais assustadores.
Em junho de 2015, meu contrato de estágio acabou e tive que procurar uma solução rápida para não ficar parada. Então, eu lembrei da ideia de criar um blog nos mesmos moldes que é o Brechando nos tempos da faculdade. Foi um mês pensando em layout, linha editorial, mídias sociais e dentre outras coisas. O medo e a ansiedade misturavam e não me deixavam dormir. Sempre tive experiência com webjornalismo, mas criar o meu próprio conteúdo me fazia ter muito medo.
Foi em 1º de agosto que lancei a primeira postagem, comecei a trabalhar em casa (acompanhada por um gato, uma cachorra e um hamster, no qual brinco que eles fazem parte do conselho editoral), além de fazer trabalhos como jornalista freelancer. O blog acompanha o meu início de carreira como jornalista com diploma, risadas, choros, a luta para manter o bom jornalismo, as aventuras de ter um home office, apuração no ônibus e qualquer meio de transporte, e criar trabalhos interessantes diariamente.
O artigo em questão é para aqueles que estão começando e terminando o curso de Comunicação Social. Não desistam de fazer um bom trabalho, mesmo não tendo um emprego formal.
Nesse um ano de blog, eu acompanhei muitos colegas de profissão desistindo por conta das dificuldades, piso salarial baixíssimo e poucas oportunidades de empregos. Estamos em um período trevoso e não culpo somente a crise econômica. Hoje, as redações estão mais enxutas e a qualidade da produção cresceu. Sim, existe uma regra de três inversamente proporcional, que machuca bastante a qualidade do trabalho.
Agora, o jornalista precisa aprender a 1) planejar; 2) estruturar planos de comunicação; 3) focar no público-alvo certo; 4) executar ações on/offline; 5) mensurar resultados. Ou seja, chegou a hora do jornalista se profissionalizar.
Pode ser cansativo? Pode aumentar a exploração do trabalho? Pode se continuar com estes cortes dos profissionais. Então, são nesses períodos que o jornalismo precisa se renovar, criar novas estratégias e o profissional sair da zona de conforto.
Mas não desistam, retiram aquele trabalho super bacana de faculdade que você fez para aquela matéria específica e invista, pois pode fazer com que se transforme em trabalho.
Leia este artigo no Observatório da Imprensa: “A crise do jornalismo e a crise dos jornalistas”.
Foi dessa forma que muitos colegas criaram a sua própria forma de fazer comunicação, dando aulas, criando editora, fazendo uma página no Facebook, fazendo canais no You Tube e dentre outras coisas.
Além de continuar mandando CVs para as redações, que tal pensar em explorar o seu trabalho diferente?
Hoje, eu agradeço pela vida ter me proporcionado sair do meu conforto profissional e me arriscar. O Brechando me forneceu muitas felicidades, angústias e garra para continuar fazendo um bom jornalismo.
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