O Rio Grande do Norte contém 12 mil crianças de 5 a 14 anos na labuta, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta sexta-feira (13) o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Apesar deste dado, ele é o último estado do Nordeste que apresenta a maior taxa de jovens trabalhando indevidamente.
Desta meninada trabalhando indevidamente, 11 mil estão entre 10 a 14 anos e sete mil estão realizando atividades agrícolas. Quando pensa no Nordeste, este resultado sobe para 444 milhões e isto corresponde a 80,14% deste tipo de trabalho no país. Ao todo, o Brasil registra 554 mil crianças trabalhando indevidamente no ano passado.
Segundo o Pnad, o número de pessoas com 5 a 13 anos trabalhando aumento 9,48% se comparar entre os anos de 2013 a 2014.
É a primeira alta do indicador no país e a expectativa para o ano de 2015 ainda é de crescimento. O número vinha em queda desde o início da pesquisa, que começou a ser realizada em 2004, quando este dado era de 2,4 milhões. Os dados apontam que o maior resultado é Bahia (120 mil), Maranhão (82 mil), Piauí (59 mil) e Ceará (52 mil). Os estados Pernambuco e Paraíba estão empatados com 40 mil. Nas últimas colocações estão Sergipe (24 mil), Alagoas (15 mil) e o Rio Grande do Norte.
A legislação brasileira proíbe qualquer tipo de trabalho de crianças de até 12 anos de idade. A partir dos 14 anos é permitido como aprendiz, com jornada reduzida, sem ser em postos insalubres ou perigosos, desde que estejam na escola.
Os dados também mostram o crescimento de jovens de 15 a 19 anos do Rio Grande do Norte na labuta. Os dados apontam que 559 mil deles já trabalham na maioria em empresas de serviços (como lojas, empresas, salões de beleza e dentre outras coisas) e 451 mil já trabalham de carteira assinada, que corresponde à uma porcentagem de 80% dos jovens trabalhadores.
A maioria dos trabalhos dos potiguares são na área agrícola, depois indústria, construção, comércio, alimentação, transporte e administração pública.
A PNAD mostrou que desde 2006 houve um aumento de jovens de cinco a 17 anos trabalhando. Em 2013, essa quantidade era de 3,1 milhões e no ano seguinte aumentou em 4%. Os dados apontam que 148 mil menores começaram a trabalhar, sendo que 62% no campo e 43,6% não são renumerados.
Deixe um comentário