Na região Oeste do Rio Grande do Norte, mais precisamente no Vale do Açu, existe um município chamado São Rafael, cuja área territorial é de 469 quilômetros quadrados. A cidade existente no mapa simplesmente teve que se mudar de lugar, pois uma barragem foi construída no local, dando o apelido de “Atlântida do Sertão” e foi notícia em vários cantos do país.
O apelido se deu graças ao artista, cantor, músico e compositor rafaelense, Arleno Farias ao compor o poema de mesmo título e o musicou, gravou em seu primeiro trabalho que carrega o título na capa do CD com uma foto ilustrativa da antiga torre da igreja católica no meio das águas da barragem.
Na década de 1980, parte da cidade foi inundada para a construção da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves. É o segundo maior reservatório de água construído pelo DNOCS, com capacidade de 2,4 bilhões de metros cúbicos. Está localizada no Rio Piranhas-Açu, entre as cidades de Assu e São Rafael.
A ideia de fazer uma barragem surgiu na década de 70. A população não queria que a barragem fosse construída, com exceção de alguns políticos, acreditando que isto forneceria desenvolvimento.
Com a seca, a barragem atingiu 38% neste ano. O resultado foi que a antiga São Rafael começou a reaparecer depois de 30 anos encoberta. As cruzes e parte dos túmulos do cemitério estão visíveis. A água baixou cerca de dois metros na porta da igreja, que revela a arquitetura em estilo barroco, em forma de arco. A torre, que cedeu há três anos, voltou a fazer parte do cenário.
O grupo Caminhos Comunicação e Cultura com apoio de estudantes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) já realizou um documentário sobre a cidade:
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