No segundo semestre deste ano haverá eleições gerais no Brasil, na qual escolheremos o Presidente da República, Senadores, Deputados Federais e Estaduais. A primeira eleição, após o fim da Ditadura Militar aconteceu em 1989 e foi bastante comentada (manipulada) pela imprensa nacional e muito analisada pela mídia internacional. Até hoje, sociólogos e filósofos estudam o impacto desta mudança política. No total, 22 candidatos a Presidente e 22 a Vice-presidente do Brasil concorreram na eleição. Os principais candidatos à presidência foram: Fernando Collor de Mello (PRN, atual PTC), Luís Inácio Lula da Silva (PT), Leonel Brizola (PDT), Mário Covas (PSDB) e Paulo Salim Maluf (PDS).
Como vocês podem perceber, apenas Lula, Brizola e Mário Covas foram do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que eram opositores do Regime Militar. Mostrando que a representatividade dos partidos considerados de “esquerda” sempre foi minoria.
Uma curiosidade é que em novembro de 1989, com a campanha presidencial em andamento, Silvio Santos foi anunciado como candidato à presidência pelo PMB no lugar do pastor evangélico Armando Corrêa (ainda bem que as coisas mudaram, não é mesmo?), que era o candidato oficial do partido, e para a vice-presidência, foi escolhido o deputado federal paraibano Marcondes Gadelha. Também foi cogitada renúncia do candidato Aureliano Chaves, do PFL (Partido da Frente Liberal, hoje Democratas, no qual um dos líderes é o senador Agripino Maia), um partido maior e mais poderoso, para que Silvio o substituísse.
Silvio chegou a fazer algumas gravações para a propaganda eleitoral, pedindo votos para o número 26, do PMB, com insistência, pois não haveria tempo para mudar o nome impresso nas cédulas de votação.
A alguns dias da eleição, Silvio Santos teve seu registro de candidatura impugnado pelo Tribunal Superior Eleitoral, por irregularidades no registro do PMB, uma vez que o partido fizera convenções partidárias em apenas 5 estados, em vez de 9. Em suma, ele não conseguiu se candidatar.
Dentre as coligações existem vários nomes bizarros, como Aliança Liberal Cristã (mostrando que a Bancada Evangélica sempre esteve presente na política nacional), União Campo Cidade (apoiada pelos ruralistas) e Movimento Brasil Novo, uma coligação em que o candidato é Fernando Collor, sendo suas propostas similares às dos movimentos nacionalistas que lutaram a favor do impeachment de Dilma Rousseff em 2016.
Por falar no impeachment, algumas figuras que votaram a favor também estiveram como candidatos, este é o caso de Ronaldo Caiado.
O vencedor de 1989 foi Fernando Collor, vencendo em 23 estados brasileiros, inclusive no Rio Grande do Norte.
Aqui estão as campanhas dos principais candidatos:
Em seguida estão os candidatos nanicos:
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