Para muitos surfistas raiz, eles sabem a hora e o momento exato para surfar, no entanto pode cometer alguns erros. Além disso, tem gente que quer surfar, mas não sabe o momento exato para pegar as melhores ondas. Por isso, a startup brasileira Broou desenvolveu um aplicativo para aqueles surfistas amadores que querem acredita que ciência aliada à tecnologia, ajuda em atividades não só corriqueiras, mas também associada ao lazer. Cerca de 80% da audiência está concentrada no Brasil, mas já há adeptos nos Estados Unidos, Austrália, Portugal, Espanha, França, Nova Zelândia, Peru e África do Sul.
“Nos próximos meses pretendemos disponibilizar um gráfico com o comparativo de diferentes fontes de dados, e informações de boias oceanográficas. Em 2017, vamos implantar o machine learning para utilizar as informações dos reports e melhorar o acerto da previsão, tornando-o um sistema híbrido e de caráter cientifico”, explica Adriano Wiermann, o especialista em oceanografia do broou em um release para imprensa.
Além disso, os integrantes da empresa desenvolveu um manifesto para os surfistas. Veja a seguir:
Manifesto broou
ei… isso é pra você.
pra você que conhece muito bem esse som.
que vai pra praia no inverno.
e quando está chovendo.
isso é pra você que acha normal
acordar às 5 da manhã e mergulhar na água gelada.
isso é pra você.
pra você que ama a mãe natureza.
mas não respeita a lei da gravidade.
isso é para os pioneiros.
aqueles que não têm medo de gigantes.
que nunca entraram em uma máquina de lavar,
mas sabem exatamente como seria.
isso é pra você.
isso é para os coroas que continuam sonhando.
esperando e procurando pela onda perfeita.
isso é pra você que sabe que água salgada envelhece sua pele.
mas também rejuvenesce a alma.
isso é pra você. fissurado. você que vai dormir quando todo mundo está se divertindo, por que você prefere se divertir enquanto todos dormem.
isso é para os amadores… que sonham em ser profissionais.
e para os profissionais… que nunca deixarão de ser amadores.
isso é pra você, ‘sr. primeira vez’, que está sendo disciplinado pela mãe natureza.
você que vai acordar amanhã sentindo dor em cada músculo do seu corpo.
até mesmo naqueles que você não sabia que tinha.
isso é para os trabalhadores que sonham acordados
que usam o oceano como um lugar para se lembrarem quem realmente são.
isso é para os estudantes, os gerentes, os dentistas, alto executivos, até mesmo os desempregados.
isso é pra você.
pequeno ou grande, menino ou menina, jovem ou velho.
porque se você sabe que o surf não é apenas um esporte.
se você sabe que o surf vai muito além de dropar ondas…
…isso é pra você, bro.
O Broou, que é uma gíria para Bro, abreviação de ‘Brother’ (irmão, em português), surgiu a partir da paixão pelo surfe aliada ao desejo de inovação e foi idealizado por um grupo de surfistas empreendedores que precisavam de uma ferramenta que os ajudassem a encontrar as melhores ondas e ainda os conectassem aos amigos da praia. Lá, os irmãos vão comunicar uns aos outros qual será a onda perfeita.
Por meio da análise exclusiva das condições ideais para cada um dos mais de 1500 picos cadastrados, o surfista pode conferir e compartilhar as condições através de relatos com fotos que ajudam no desenvolvimento do sistema de previsão de ondas. Praticamente, um Waze do Surf.
Com a missão de inovar e apresentar funcionalidades relevantes para os surfistas, a startup tem novas atualizações em desenvolvimento e novidades irão surgir.
Assim, eles criaram um app com sistema próprio de previsão de ondas, design e tecnologia de navegação diferenciados, pioneiro no monitoramento de ondas e focado na experiência mobile. Disponível nas plataformas iOS e Android, a linguagem simples e direta já conquistou mais de 55 mil downloads orgânicos.
Baixe o app gratuitamente na iOS App Store ou no Android Google Play; e acesse o site broou.com.
Além do aplicativo, eles também vendem camisetas. A empresa conta com o apoio de surfistas profissionais e também da multinacional da Mitsubishi.
Como surgiu surf no Brasil e no Rio Grande do Norte
Registros mostram que o surf surgiu no estado de São Paulo, mais precisamente na década de 30, na cidade de Santos. Para alguns, o pai do surf brasileiro é o Osmar Gonçalves, pois foi o criador da primeira prancha brasileira. Registros também mostram que o americano, radicado no Brasil, Thomas Ernest Rittscher Júnior, foi o primeiro a surfar no Brasil com a sua prancha vinda do Havaí.
A febre mesmo veio na década de 50, no Rio de Janeiro. Em 1952 alguns surfistas cariocas começaram a surgir nas ondas de Copacabana, aumentando a popularidade do desporto. As pranchas de fibra de vidro só chegariam anos mais tarde, em 1964, vindas da Califórnia. Antes eram feitas de maderite. Foi também no Rio que surgiu as primeiras organizações.
Em Natal, surgiu na década de 70, registros de Rostand Medeiros, baseado numa reportagem de Ricardo Rosado Holanda para “O Poti”, apontou que um californiano, em janeiro de 1974, surfou em uma das praias da cidade e chamou atenção dos natalenses que praticavam o esporte. No entanto, Rostand mostra uma contradição de Rosado, quando dois competidores de Natal ficaram na sexta colocação em março de 1974 em um campeonato na cidade de Porto de Galinhas (PE), apontando que o surf já veio ao estado bem antes disso.
Ricardo Rosado também apontou na sua reportagem de 1975 que cerca de 30 a 35 surfistas entubavam ondas nas Praias dos Artistas, Areia Preta, Ponta Negra e na idílica Baía Formosa, a 98 km de Natal. Locais que até hoje é o reduto dos sufistas.
Nesta matéria os surfistas considerados “feras” foram Luruca, Ronaldo, Barata, Fabiano, Albino, Sérgio, Hugo, Chico Adolfo, Seu Braz e “mais 30 adeptos”. O repórter apontou claramente que estes surfistas eram filhos de famílias tradicionais e abonadas da cidade.
Em agosto de 1975, houve a primeira competição de surf na Praia dos Artistas, patrocinado pela Emproturn, órgão do Governo do Estado, equivalente à Emprotur, empresa que divulga o turismo no RN. Segundo os jornais da época se inscreveram um total de 53 surfistas, oriundos de “todos os estados do Nordeste”, mas cinco destes não participaram. Entretanto os 48 surfistas restantes realizaram um campeonato muito disputado.
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