Brechando/Utilidade Pública / Cuidado com a Sífilis: Epidemia atinge BR e também no RN

Cuidado com a Sífilis: Epidemia atinge BR e também no RN

Antes, a doença atingia apenas 150 mil brasileiros. Mas, nos últimos dois anos tem crescido os casos de sífilis no Brasil. Em 2010, a incidência da doença em homens era maior – cerca de 1,8 caso para cada caso entre mulheres. Essa média caiu para 1,5 homem/mulher em 2015. Ou seja, as mulheres são o…

Compartilhe:

Antes, a doença atingia apenas 150 mil brasileiros. Mas, nos últimos dois anos tem crescido os casos de sífilis no Brasil. Em 2010, a incidência da doença em homens era maior – cerca de 1,8 caso para cada caso entre mulheres. Essa média caiu para 1,5 homem/mulher em 2015. Ou seja, as mulheres são o grupo cuja vulnerabilidade vem aumentando.

Sífilis é uma doença bacteriana e sexualmente transmissível e se manifesta em diferentes estágios. Sem tratamento e o diagnóstico precoce, apresenta evolução em fases: inicialmente com feridas na pele (igual a da foto acima), pode evoluir para complicações que levam ao óbito, podendo afetar o sistema cárdio-vascular e neurológico.

A transmissão pode ser por sexo (adquirida) ou de mãe para filho durante o parto ou não (congênita). Os primeiros estágios apresentam feridas indolores nas genitais, no reto ou na boca. Depois que as primeiras feridas saram, o segundo estágio é caracterizado por erupções cutâneas. Em seguida, os sintomas desaparecem até o estágio final, que pode aparecer anos depois. Este estágio final pode causar danos ao cérebro, nervos, olhos ou coração.

De acordo com o Boletim Epidemiológico 2014, o Rio Grande do Norte registra 275 ocorrências de sífilis congênita e 169 de sífilis em gestantes, em 2013. A taxa de detecção de sífilis congênita no RN é de 5,9 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. A marca é superior à média brasileira, de 4,7. Já a taxa de sífilis em gestantes é de 3,6 casos por 100 mil, enquanto a do Brasil é de 7,4.

Em 2016, a sífilis congênita, cresceu bastante no estado potiguar. Em 2015, a taxa era de 6,5 para cada mil nascidos vivos, três vezes a mais que em 2010. Já no ano passado, este número saltou para 9. É a segunda unidade de federação com a maior taxa de bebês doentes, perdendo apenas para Santa Catarina.

No ano passado, a nível de Brasil, a cada mil bebês nascidos, 6,5 eram portadores de sífilis. Somente cinco anos antes, em 2010, esse número era de 2,4 bebês em cada mil nascimentos. Ou seja, a incidência da sífilis congênita praticamente triplicou em meia década.

A Organização Mundial de Saúde, OMS, estima que cerca de 900 mil grávidas sejam infectadas com a sífilis a cada ano, resultando em 350 mil nascimentos com problemas, segundo dados de 2012.

A principal forma de prevenção é o uso de preservativos no ato sexual. O tratamento correto e completo também é considerado uma forma eficaz de controle, pois interrompe a cadeia de transmissão. O tratamento de ambos os parceiros é muito importante na prevenção para impedir que ocorra a re-infecção, garantindo que o ciclo seja interrompido.

Especialistas apontam que o crescimento da doença aconteceu devido ao esgotamento do impacto das campanhas de uso de preservativos e da sua ampla disponibilização parece ser um dos fatores do recrudescimento dos casos de sífilis.

Por outro lado, a implicação do desabastecimento de penicilina, remédio importante para acabar com a bactéria, afeta a evolução individual da doença e a possibilidade de cura.

UFRN promove teste de HIV e Sífilis aos servidores

No dia 14 de fevereiro, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas e Diretoria de Atenção à Saúde da UFRN promove um teste para diagnosticar sífilis ou HIV. A ação faz parte das atividades de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis durante o período carnavalesco. O atendimento acontecerá das 7 às 18h30. O telefone do atendimento é (84) 3342-2330.

 

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

Clique aqui para saber mais.

Arquivos

Chuva de palavras

Alecrim Arte banda Brechando Brechando Vlog Campus Party carnaval Cidade Cidade Alta Cidades cinema Covid-19 Cultura curiosidades Dosol entrevista Evento eventos Exposição feminismo Festival filme filmes Historia lgbt livro Mada mossoró Mudanças Mulher Música Natal pesquisa Peça potiguar projeto Quarentena Ribeira Rio Grande do Norte RN Rolé Show Teatro UFRN ônibus