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Cada mês em um lugar: saindo da zona de conforto em 16

Esta foto acima é da estudante de arquitetura Bárbara Rodrigues. Ela sempre gostou de aventura e já a entrevistamos aqui, no qual ela conta a dificuldade de morar sozinha em Natal. Neste ano, ela resolveu ousar mais ainda, como morar em uma outra cidade e visitar algumas cidades brasileiras que não necessariamente estejam dentro daqueles…

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Esta foto acima é da estudante de arquitetura Bárbara Rodrigues. Ela sempre gostou de aventura e já a entrevistamos aqui, no qual ela conta a dificuldade de morar sozinha em Natal. Neste ano, ela resolveu ousar mais ainda, como morar em uma outra cidade e visitar algumas cidades brasileiras que não necessariamente estejam dentro daqueles revistas ou guias turísticos.

Este ano foi ao Maranhão, morou seis meses em Curitiba, passeou nas Cataratas do Iguaçu, visitou a Bahia, foi à Minas Gerais e algumas cidades que fazem fronteiras com outros países. Pode ter certeza, se somar a quilometragem de suas andanças deve passar mais de cinco mil quilômetros. Muitas vezes essas viagens foram feitas de mochilão e sozinha.

Então, ela utilizou o Facebook para mostrar aonde foi que ela viajou em cada mês. As fotos podem ser conferida a seguir:

janeiro

fevereiro

março

Morro de São Paulo/BA
Morro de São Paulo/BA

abril

Tibau do Sul/RN
Tibau do Sul/RN (novamente)

maio

São Miguel do Gostoso/RN
São Miguel do Gostoso/RN

Junho

São Paulo/SP
São Paulo/SP

julho

Bonito/PE
Bonito/PE

agosto

setembro

outubro

Porto Alegre/RS
Porto Alegre/RS

novembro

O que ela aprendeu sobre essas viagens?

Bárbara utilizou as redes sociais como uma forma de agradecer as mudanças pessoais que essas viagens lhe trouxeram no seu modo de vida como um todo. O texto vai, com certeza, lhe ajudar a sair da zona de conforto. Leia a seguir:

No início, pensei em um segundo por dia. Depois, uma foto por dia. Em pouco tempo não pensei mais, só deixei para lá e fotografei “o que deu na telha”. Agora, tentei resumir milhares de quilômetros percorridos e momentos vividos em poucas fotos. Um pouco ousado e superficial, confesso. Porque afinal, dois mil e dezesseis não cabe em um vídeo de 365 segundos, em um registro diário, tampouco em um álbum, visto sua enorme complexidade e intensidade.

Esse ano veio para tirar as coisas do eixo, viver em constante turbulência, nos jogar em situações adversas. Mas também para nos fazer aprender, repensar a lógica de tudo, descobrir um pouco mais sobre nós. Aprender principalmente, a saber que não temos como controlar os acontecimentos (mesmo com esforços e fazendo a nossa parte), a ter paciência, a acreditar que estamos “exatamente no lugar que deveríamos estar” e que nós renascemos todos os dias.

Renascemos a cada sorriso retribuído ou ignorado, a cada pessoa que permanece, parte ou cruza o nosso caminho, a cada golpe que a vida nos dá, em toda luta diária e desafio que nos deparamos, nas pequenas decisões, a cada novo caminho que percorremos e a cada lugar que vivenciamos.

Cada novo lugar porque, fazem de nós, menos egoístas – ao perceber nossa pequenez diante da imensidão do mundo – tomando ciência que não somos o centro do universo e nos torna um pouco mais humildes, nos engrandece espiritualmente. Por todas as pessoas e paisagens improváveis, pela infinitude de histórias e novidades, pelo caos ou paz que nos provocam. E sobretudo, porque sempre que retornamos à nossa casa, levamos um pouco de cada lugar dentro do peito. E nunca, jamais, nos sentimos da mesma forma, somos a mesma pessoa.

Se tem uma coisa que fiz nesse ano, foi percorrer novos caminhos. Até mesmo as (re)visitas foram novas, já que a apreensão do espaço nunca é da mesma forma. Alguns destinos eram metas, outros vieram de bônus, como verdadeiros presentes. Só tenho a agradecer por cada um deles. Sem tirar nem pôr. E aguardar pelos próximos que a vida venha a me dar. Espero que não demorem e não sejam poucos.

Para mim, por mais maluco e confuso que tudo tenha sido, nada foi em vão.

Nenhum passo.
Nenhum segundo.
Nenhum momento.
Nenhum sentimento.
Nenhuma decisão.

Dezesseis foi atípico.
Dezessete vem para colocar as coisas em ordem.
Mas sem calmaria demais, por favor.
Se não a gente volta lá “prá” zona de conforto.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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