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Grafitando uma vela de uma jangada

A jangada ao longo do tempo começou a se modernizar, aderindo motores que ajudam na locomoção dos barcos e facilitar a agilidade da pesca. Além disso, eles estão aderindo a arte do graffiti, enfeitando as partes de madeira ou a vela. É a arte urbana se misturando, mais uma vez, com a tradição. Recentemente, o…

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A jangada ao longo do tempo começou a se modernizar, aderindo motores que ajudam na locomoção dos barcos e facilitar a agilidade da pesca. Além disso, eles estão aderindo a arte do graffiti, enfeitando as partes de madeira ou a vela. É a arte urbana se misturando, mais uma vez, com a tradição. Recentemente, o Coletivo Aboio foi convidado de grafitar uma vela de jangada e está exposta na praia de Ponta Negra, zona Sul de Natal.

A arte pode ser vista na foto acima do título desta postagem e o barco fica próximo do Morro do Careca. A arte foi entregue na tarde desta terça-feira (22).

O Coletivo Aboio é formado pelas artistas Viviani Fujiwara e Clarissa Torres. A vela foi pintada no Surto Cultural, que fica próximo da praia, através de um pedido de Nathy Passos, integrante do projeto Cores da Vila.

O processo de produção pode ser conferido a seguir:

Além disso, o coletivo está realizando um workshop para aqueles que tenham interesse em aprender um pouco desta manifestação artística que é o graffiti. Veja esta postagem a seguir:

A jangada é uma embarcação utilizada pelos pescadores do nordeste e é muito comum a gente vê-los na beira da praia de Ponta Negra, tanto para as atividades de pesca quanto para passeios turísticos. Sua tecnologia de construção consiste no emprego hábil de materiais como madeiras de flutuação, tecidos e cordas artesanais.

Todos os elementos da jangada tradicional são feitos à mão, desde o mastro à vela, das cordas ao banco de navegação, redes de pesca, anzóis, âncora e samburás (cestos para guardar peixes e pertences).

Quando chegou esses barcos no Brasil? Surgiu quando o país ainda era uma colônia, no qual os europeus decidiam desembarcar no Sudeste não só devido as condições de portos mais favoráveis, mas também para maior controle da coroa portuguesa sobre o tráfico de ouro em Minas Gerais.

O Nordeste brasileiro ficava despovoado e sem o controle da coroa sobre as embarcações dessa região, por conta da dificuldade de desembarcar em portos onde correntes marítimas poderosíssimas vindas da Guiana, impediam o desembarque.

Aproveitando dessa situação, os pescadores do litoral nordestino, principalmente dos estados do Rio Grande do Norte e Ceará, começam a realizar a pesca artesanal, com essas embarcações de tronco, com técnicas indígenas de cordoamento silvestre, e o mais peculiar, desenvolvem um estilo de vela triangular que permite a navegação enfrentar os ventos fortes das correntes Guianas.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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