A gente já falou sobre os índios potiguaras e tapuias em uma matéria do Brechando. Nesta terça-feira (19) é o Dia do Índio e vamos responder a seguinte pegunta: Ainda tem tribos em alguma parte do Rio Grande do Norte? A resposta é sim e uma das tribos remanescentes dos potiguaras fica na praia de Sagi, localizada no município de Baía Formosa, conhecida por ficar bem na divisa com a Paraíba.
Além de Sagi, existem remanescentes em Tapará em Macaíba, Catu, em Goianinha e Canguaretama; Mendonças do Amarelão, na cidade de João Câmara, e as comunidades Banguê e Caboclos, em Assú.
Oficialmente o Rio Grande do Norte não tem índios desde 1872. Entretanto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que o estado tem em torno de mais de dois mil índios. Em 1991, os registros apontavam para apenas 394 índios em terras potiguares e, em 2000, esse número aumentou significativamente para 3.167.
Mesmo com essa grande quantidade de índios, a maioria dos dessedentes indígenas são habitantes de áreas urbanas de Natal e outras cidades vizinhas.
Entretanto, esses grupos indígenas durante a década de 2000 lutaram para ser reconhecidos pela Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e outros órgãos públicos. A subcoordenadoria da Funai foi instalada na capital do Rio Grande do Norte no ano de 2011.
Apesar de reconhecidos em nível local pelos seus vizinhos não-índios como grupos sociais nitidamente diferenciados, estes povos ainda não haviam projetado politicamente a sua existência frente à sociedade mais ampla. A identificação em circuitos mais restritos de interação de sua especificidade étnica – muitas vezes na forma de preconceito – chamou a atenção de alguns estudiosos clássicos do RN, entre eles Câmara Cascudo e Nestor Lima, que citam a existência dessas comunidades de índios, já algumas décadas atrás.
Só em Natal são 866 índios auto-declarados; em Parnamirim 204; em Mossoró, 176; em Ceará-Mirim, 73; e em Extremoz, 58 índios. Já nas cidades onde há comunidade com costumes preservados, pelos dados oficiais do IBGE, o número chega a 22 em Baía Formosa; 234 em João Câmara; 60 em Goianinha; 53 em Canguaretama; 35 em Macaíba; e 48 em Assú.
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