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Meladinha, uma bebida conhecida da boêmia potiguar

Já bebeu meladinha? Não ? Como assim você não bebeu Meladinha? Sabe o que isso? Também não? Mas, nós vamos te explicar o que esta bebida querida pela boêmia e é muito conhecida no centro da cidade. Apesar de que já vi gente vendendo em Ponta Negra, mas não fica do mesmo jeito daquela do…

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Já bebeu meladinha? Não ? Como assim você não bebeu Meladinha? Sabe o que isso? Também não? Mas, nós vamos te explicar o que esta bebida querida pela boêmia e é muito conhecida no centro da cidade. Apesar de que já vi gente vendendo em Ponta Negra, mas não fica do mesmo jeito daquela do centro de Natal.

O que ser isso? Meladinha é uma bebida em que utiliza estes três ingredientes: cachaça, mel e limão e todos são misturados a partir de um graveto. Não, não pode ser colher, tem que ser com graveto (na verdade, algo parecido com uma viga de ferro).

De onde surgiu esta tradição? No tradicional Bar da Meladinha do Beco da Lama, no bairro de Cidade Alta.

Um dos grafites no beco da lama com a imagem do turco que inventou a bebida (Foto: Tribuna do Norte)
Um dos grafites no beco da lama com a imagem do turco que inventou a bebida (Foto: Tribuna do Norte)

Como surgiu esta invenção? Foi inventada pelo turco Nazir (alguns cantos lhe chamam de Nazi ou Nasi), que possui diversos causos sobre o inventor da Meladinha. De acordo com relatos de blog que narram a boêmia potiguar, o bar existe há mais de 60 anos e mudou para o Beco da Lama em 1968.

Junto da Meladinha,  a bebida é acompanhada com um caldo de feijão ou galinha. Reza a lenda que Pixinguinha visitou o local em 1969. Tanto que existe uma placa para comprovar este acontecimento, próximo do conhecido aviso “Proibido Cagar”.

Isto é a meladinha (Foto: Foursquare)
Isto é a meladinha (Foto: Foursquare)

Nasi morreu em 2001, vítima de uma parada cardíaca. Ele era casado com Terezinha Fernandes Canan, de 73 anos, morava na rua Princesa Isabel, no Centro, e tinha um único filho, Nasi Adoniran Fernandes Canan. O corpo do turco foi enterrado no Cemitério Morada da Paz.

Após a sua morte, o bar passou para seu filho, mais conhecido como Adoniran (também falecido), que passou para uma outra pessoa. Apesar das mudanças, o pessoal do Beco da Lama sempre vai lembrar do criador da meladinha, desde os tradicionais blocos carnavalescos até o seu cotidiano.

 

 

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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