A partir do século 19, os natalenses começaram a lançar os seus primeiros jornais e difundir a sua prática literária. Como resultado, surgiram os primeiros movimentos literários do Rio Grande do Norte, quando ainda era apenas uma província. Nesta época, surgiram as primeiras Associações Literária, no qual grupos de intelectuais se uniam para divulgar as suas obras e distribuir para população.
Imagina uma Munganga Edições, Editora Tribo e Jovens Escribas do século 19, sendo de adolescentes que estavam na escola e começando a vida adulta. Imaginou? Poderíamos resumir assim, as primeiras Associações Literárias, que incentivaram os potiguares a produzir as suas primeiras obras.
Dentre as primeiras associações que se tem registro são 1º de Maio, Clube Escolástico Norte Rio-grandense, Comitê Literário e 1º de Março.
As três primeiras associações chegaram a publicar três livros, que são: “O Albatroz” (1887), “O Cisne” (1887) e “O Têntamen” (1889). Além disso, toda essa divulgação eram feitas a partir de clubes literários com a finalidade de refletir os seus ideais e mostrar o seu debate.
Entre a maioria de seus integrantes estavam estudantes do Atheneu e da Faculdade de Medicina e Direito.
Periódicos das Associações Literárias do RN que ajudaram outros periódicos
“O Têntame”, da Associ 1º de Março, por exemplo, era um jornal que os estudantes discutiam política em um país que o Império apresentava uma crise e, ao mesmo tempo, declamavam poema e criavam conspirações. Todos eram estudantes do Atheneu, republicanos e, posteriormente, ingressaram à Escola Militar.
Embora tivesse durante apenas um ano, o jornal estimulou a criação de outras Associações Literárias nos grêmios estudantis, estimulando a formação de vários jornalistas da cidade.
Um dos que receberam a influência está o “Le Monde Marche”, que significa “O Mundo Anda” em francês, no qual durou 10 anos e ajudou a despontar nomes como Sebastião Fernandes e Henrique Castriciano, o irmão de Auta de Souza, que também era membro do grupo.
Além disso, influenciou a criação de outros periódicos, como “A Tribuna” e “Oásis”, que ajudou a revelar grandes nomes da literatura potiguar. Mas, isso é assunto para um outro post.
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