O fim de semestre já chegou, mas os estudos não podem parar! Tenho orgulho de participar de um projeto massa, cujo objetivo é estimular a produção de cineastas. Para quem não sabe, eu tenho especialização em produção em documentário pela UFRN, então eu sei como é difícil trabalhar com o audiovisual. Como resultado, a produção audiovisual não pode parar. Com objetivo de estimular às mulheridades a produzirem seus filmes, entre os dias 26 a 30 de abril haverá o “Curso de Introdução à Produção Audiovisual Independente para Mulheres” em Natal a partir desta segunda-feira (26).
Serão aulas teórico e prática da pré-produção de um filme à realização de uma mostra audiovisual, com licença para o erro. Ou seja, se joga mesmo. Sem contar, todavia, que fornecerá uma visão ampla de diversas etapas da produção audiovisual, excelente capacitação para diretoras, videastas, estudantes de audiovisual e cinema, cineastas e mulheres que queiram fazer um filme, sejam profissionais ou aspirantes.
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Por que uma oficina só para mulheres?
De acordo com pesquisa realizada pela Agência Nacional de Cinema (Ancine) em 2017, dos filmes brasileiros lançados comercialmente em salas de exibição, 15% e 11% foram dirigidos e roteirizados por mulheres, respectivamente. Se analisado em relação à raça e etnia das profissionais, chega, por conseguinte, a 0% em quase todos os setores.
“Cada aluna irá se aventurar em realizar o que chamo de uma maquete fílmica. A cada aula uma etapa: pré-produção, passando pela produção com técnicas de filmagem, iluminação – de acordo com cartilha de retomada segura no audiovisual do Sebrae – até a edição deste experimento fílmico onde o fracasso é a única garantia.’, disse Renata Pyrrho, ministrante da oficina.
Filmes estarão em uma mostra
Ao longo das aulas uma equipe com bolsistas e estudantes voluntárias será formada para produção de uma mostra audiovisual online com exibição dos filmes realizados durante a oficina onde as alunas poderão exercer o Júri Técnico de seus próprios filmes. O melhor filme da mostra, com os experimentos realizados durante a oficina receberá R$300, o segundo R$ 200, o terceiro lugar ficará com uma menção honrosa e até então está sem prêmio em dinheiro (a equipe de produção criada durante a oficina é livre para conseguir mais incentivo financeiro caso julgue oportuno).
Como fazer as inscrições na oficina de produção audiovisual às mulheres cis, trans, travestis e não-bináries
As inscrições são gratuitas, via Sympla. Além disso, podem ser feitas no site:
https://abre.ai/
As aulas serão virtuais
Como resultado da pandemia do Covid-19, as pessoas não poderão fazer encontros presenciais. Assim, as aulas serão divididas na seguinte forma:
Aula 1
Aprender o que é, portanto, a Pré-produção;
Aula 2
Etapas de Pré-produção;
Aula 3
Roteiro literário (tipos e possibilidades de roteiro). Por fim, trabalharemos com o roteiro literário (introduzindo a ferramenta Celtx, e Word);
Aula 4
Produção (filmagem propriamente dita). Como segurar a câmera e manusear os equipamentos, ainda mais com a orientação para Retomada segura das atividades de negócios criativos audiovisuais de acordo com e-book do do Sebrae;
Aula 5
Edição;
Aula 6
Finalização de um filme e bate-papo sobre curadoria de festivais;
Aula 7
Produzindo uma mostra de filmes com os experimentos fílmicos realizados durante a oficina. Além disso, como fazer um site portifólio gratuito;
Aula 8
Mostra de filmes.
Quem está neste projeto da oficina produção audiovisual às mulheres cis, trans, travestis e não-bináries
A Oficina de Introdução à Produção Audiovisual Independente para Mulheres cis, trans, travestis e não bináries tem como idealizadora a Renata Pyrrho. Ela é mestra do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mídia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
A produção ficou por conta de Clarice Nascimento, estudante de Audiovisual (UFRN) e fotógrafa em Natal. Além disso, tem eu na assessoria de imprensa. O Designer ficou, portanto, com Aya Almeida da FDI Studios. O projeto surgiu graças ao edital de formação e pesquisa – Troca de Saberes à Distância, pela Fundação José Augusto, Governo do Estado, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e do Governo Federal através da Lei Aldir Blanc.
Termino este texto dizendo: valorizem as mulheres do audiovisual!
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