Home/entrevistas / Negros devem lutar, por dentro do protesto nos EUA

Negros devem lutar, por dentro do protesto nos EUA

protestos nos EUA

Apesar do passar dos anos, ainda representamos o latino como sendo o pegador, o asiático como o mestre em artes marciais ou super nerd, e as mulheres negras como sendo briguentas e barulhentas (Como a Rochelle, de “Todo Mundo Odeia o Chris?”).  Já repararam que até a metade dos anos 2000, na maioria das vezes,…

Compartilhe:

Apesar do passar dos anos, ainda representamos o latino como sendo o pegador, o asiático como o mestre em artes marciais ou super nerd, e as mulheres negras como sendo briguentas e barulhentas (Como a Rochelle, de “Todo Mundo Odeia o Chris?”). 

protestos nos EUA
Rochelle trazendo o estereótipo de negro barraqueiro

Já repararam que até a metade dos anos 2000, na maioria das vezes, a mocinha dos filmes é uma típica garota branca? 

Também aprendi que os protestos (sejam eles em 2014, 2015, 2016 ou Maio/Junho 2020) mostram cansaço de ter que lutar diversas vezes pelos mesmo direitos (Direito de ser livre, Civil Rights nos anos 1960) e não é apenas sobre a morte de uma pessoa, como também pela morte de várias e uma luta diária pelo direito de não ser o outro

Outros casos de racismo no país

Em 1999, quatro policiais no Bronx, em Nova Iorque, atiraram em um jovem, negro e desarmado 41 vezes, “Ele parecia suspeito”, “Ele tinha algo preto na mão”, o objeto preto era uma carteira. O jovem era Amadou Diallo, um jovem de 23 anos da Guinea que havia imigrado buscando uma forma de melhorar de vida e terminar uma faculdade.

A mídia dizia que Amadou era um “imigrante negro”, uma vez que o classificara como alguém que não era americano, não era um dos “nossos”. 

Os quatro policiais no final do julgamento foram inocentados. 

Mais casos de racismo nos últimos 20 anos

Em 2014, Eric Garner foi sufocado até a morte por um policial, mesmo avisando que não conseguia respirar, mesma frase que George Floyd usou antes de morrer. 

Na semana anterior ao caso de George Floyd, Ahmaud Arber foi morto a tiros na Geórgia, enquanto se exercitava por dois “cidadãos de bem”, que se faziam valer do direito de andar armados. 

E não esqueceremos de Michael Brown e todos os jovens negros mortos “acidentalmente” por cidadãos de bem ou por policiais. 

Todas estas mortes se enquadram no estudo da Teoria Crítica da Raça (Critical Race Theory) que basicamente diz que o racismo faz parte do sociedade Americana de uma sistemática e integrada, que o racista não precisa existir para existir um sistema racista. 

Uma explicação para isso? Não importa se um policial é racista, quando possivelmente todo o sistema legal é portanto racista. 

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

Clique aqui para saber mais.

Arquivos

Chuva de palavras

Alecrim Arte banda Brechando Campus Party carnaval Cidade Cidade Alta Cidades cinema Covid-19 Cultura curiosidades Dosol entrevista Evento eventos Exposição feminismo Festival filme filmes Historia lgbt livro Mada mossoró Mudanças Mulher Música Natal pesquisa Peça potiguar Praia projeto Quarentena Ribeira Rio Grande do Norte RN Rolé Show Teatro UFRN ônibus