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Menina, o povo gosta mesmo de ir ao Sex Shop

Quando mais nova e descobri o significado de sexo, eu literalmente pensava que Sex Shop era o local onde as pessoas compravam pessoas para fazer sexo. Depois descobri que este lugar era o cabaré. Aqui em Natal tem muitos Sex Shops, mas sabemos a existência dos mesmos na surdina, visto que os merchandisings são feitos…

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Quando mais nova e descobri o significado de sexo, eu literalmente pensava que Sex Shop era o local onde as pessoas compravam pessoas para fazer sexo. Depois descobri que este lugar era o cabaré.

Aqui em Natal tem muitos Sex Shops, mas sabemos a existência dos mesmos na surdina, visto que os merchandisings são feitos de boca a boca ou em pequenas placas colocadas em postes ou prédios comerciais no Alecrim ou Cidade Alta. Alguns, mais ousados, vendem os seus produtos nas redes sociais.

A gente quer o sexo o tempo todo, ninguém quer ficar obsoleto e parar de transar com os seus respectivos companheiros.

Se jogar no Google a palavra Sexo+Brasil, o resultado é ter conhecimento de duas pesquisas sobre o assunto, após uma porrada de pornôs falando de sexo à brasileira.

  1. Em 2016, uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) apontou que os brazucas fazem sexo duas vezes por semana.
  2. No ano seguinte, o site “Sexlog” apontou que em entrevista com os usuários, 80,4% dos mesmos afirmaram que nunca recusaram uma relação sexual.

Por isso, um Sex Shop localizado em um principal shopping de Natal é bastante disputado por ambos os gêneros, heteros ou LGBT. Fica dentro de uma outra loja, separada apenas por uma porta de vidro, no qual a entrada e saída é bastante movimentada.

Ficava questionando o porquê da disputa. Até um dia criei coragem para uma vendedora e perguntei se podia entrar: “A porta está livre? Posso entrar para saber?”. Com um sorriso de orelha a orelha, a vendedora discretamente viu se tinha gente por perto e entramos no local.

Além de deixar os clientes a vontade, as trabalhadoras da Sex Shop mantém a discrição do local. “As pessoas estão curiosas em saber como é por aqui e por isso tem muita vergonha, mas com jeitinho explicamos que a procura pelo bom sexo é normal”, confessa para mim.

No início a gente fica com vergonha de entrar naquela sala quadrada com estante cheia de penis de plásticos, cremes, camisinhas com sabores, vibradores estranhos e manequins vestidas com lingeries que reproduzem as fantasias de enfermeira e freira.

Além disso, tinha vários objetos estranhos e ficava perguntando para mim: “Como isso ajuda a ter orgasmo? Dá para transar com isso?”. Inicialmente podemos ficar constrangidos. Bastante, por sinal!

Porém, a medida que a conversa e as dúvidas avançam, a gente fica mais a vontade para conversar com a vendedora sobre o que comprar ou olhar. Feliz, a vendedora chegara a mostra uns tutoriais de um produto no You Tube e falava de suas experiências.

Após 15 minutos, era a hora de ir embora e uma outra pessoa entrar na saleta.

Termino este texto comprovando que sexo é um assunto popular entre os brasileiros.

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Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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