Este prédio fica no bairro de Santos Reis e parece uma casa de praia, na primeira impressão. Pouca gente sabe, ele ajudou no crescimento da população natalense. Ainda mais, o prédio é o símbolo da presença dos norte-americanos em Natal durante a Segunda Guerra Mundial: a rampa. É uma antiga estação de passageiros e de transporte de correspondências, utilizada como base para receber hidroaviões. Naquela época, a capital potiguar não tinha aeroporto, então utilizavam este prédio para a área de embarque e desembarque de pessoas.
Naquela época era comum a utilização de hidroaviões, principalmente nas rotas aéreas que cruzavam longos trechos de oceanos e mares. Por sua proximidade com a África e a Europa, Natal foi escolha natural para sediar uma base. À época, grande parte dos voos entre a Europa e a América do Sul faziam escala no local.
Inicialmente, o prédio foi construído na década de 30. Inicialmente não era para fins militares, mas ajuda nas atividades das companhias aéreas Pan American, Pan Air do Brasil e Lufthansa (empresa alemã). Era um terreno que pertencia à Marinha, inicialmente foi só construída uma rampa de concreto, por isso o nome.
As primeiras aeronaves a pousar regularmente no rio Potengi, em Natal, foram as da empresa Nyrba Air Lines (New York / Rio de Janeiro / Buenos Aires), em janeiro de 1930, vindas dos Estados Unidos. Os aviões ficavam atracados em flutuadores montados próximos às margens do rio. Neste mesmo ano, a empresa é substituída pela Pan America Air Lines, a Pan Am. Anos depois, estima-se que em 1934, a Panair – subsidiária Pan Am no Brasil – melhora a estrutura de flutuadores, evoluindo para uma atracação fixa,
As empresas se dividiram basicamente entre dois locais; um no Campo de Parnamirim, afastado da cidade e exclusivo para aviões e o outro destinado às amerissagens dos hidroaviões, nas margens do estuário do rio que banha a cidade de Natal, o Potengi.
Somente na Conferência de Potengi foi acordado entre Getúlio Vargas e Franklin Roosevelt que a Rampa e o Campo de Parnamirim (Parnamirim Field) se transformaria em uma base militar para os americanos durante a Segunda Guerra Mundial.
Foi assim que começou a construir as estações de pouso e os seus arcos e torre de controle que marcam este local histórico. Paralelo a esta situação são construídas rampas de acesso para a retirada dos hidroaviões da água e manutenção em terra.
Foi neste período que marcou a chegada dos Estados Unidos em Natal, que fez a vida dos natalenses virar de ponta cabeça.
Após o final da Segunda Guerra Mundial, a necessidade de estações de hidroaviões como a existente as margens do rio Potengi decresceu. As áreas militares utilizadas a margem do rio Potengi foram devolvidas aos brasileiros em 1946.
Parte ficou com o Exército e outra para Força Aérea Brasileira (FAB), que ali implantou uma área de lazer para seus membros, que se tornou uma forte geradora de diversas atividades sociais, tanto para os militares, quanto ao povo natalense. Um exemplo disso foi um restaurante no local.
No ano de 1990, ele foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN). E como ela está? Em 2000, foi entregue a União que não realizou alguma atividade no local. Hoje, a Rampa estava em estado de abandono e há muito tempo estava passando por um período de reforma. A foto a seguir mostra o estado de abandono:
Há três meses, o Governo do Estado decretou o retorno das obras, que pode ser conferido nesta postagem a seguir:
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