Essa é a lista de vereadores eleitos em Natal, no qual assumirão o cargo em 2017:
Raniere Barbosa,
Carla Dickson,
Ubaldo Fernandes,
Luiz Almir,
Natalia Bonavides,
Julia Arruda,
Ana Paula,
Bispo Francisco de Assis,
Kleber Fernandes,
Eudiane Macedo,
Chagas Catarino,
Felipe Alves,
Aroldo Alves,
Wilma de Faria,
Preto Aquino,
Franklin Capistrano,
Eleika,
Sandro Pimentel,
Cícero Martins,
Ney Lopes Jr,
Paulinho Freire,
Dinarte Torres,
Eriko Jácome,
Robson Carvalho,
Fernando Lucena,
Nina Souza,
Klaus Araujo,
Aldo Clemente e
Sueldo Medeiros
Na foto acima, mostram cinco mulheres que foram eleitas. Na verdade, foram oito mulheres eleitas: Carla Dickson, Ana Paula, Natália Bonavides, Eudiane Macedo, Julia Arruda, Eleika Bezerra, Wilma de Faria e Nina Souza.
Sim, aumentou o número de mulheres na Câmara Municipal de Natal (CMN), que na gestão atual tem: Amanda Gurgel, Julia Arruda, Eleika Bezerra e Eudiane Macedo. Isto que dizer que houve um aumento de 100% de mulheres representando a população. Isto é uma boa notícia para uma cidade como Natal que tem 55% dos eleitores do gênero feminino.
Esse número só não subiu para nove, pois Amanda Gurgel não foi eleita novamente, por causa do quociente eleitoral. Aí o aumento seria de 112,5%.
Porém, apesar dos avanços, existe alguns retrocessos, visto que 72% da casa legislativa ainda é representada por homens. Como o Luiz Almir, apresentador e jornalista, que neste ano chegou a ofender algumas professoras durante uma plenária lhe chamando de “bando de bestas”.
Além disso, alguns vereadores votaram em algumas medidas consideradas retrógradas, como a inclusão da discussão dos assuntos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) nas escolas municipais e algumas mulheres votaram contra o assunto, como as vereadoras Eleika Bezerra e Eudiane Macedo.
O último Censo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), diz que a capital potiguar tem 425.792 habitantes mulheres e 377.947 homens. Mesmo a quantidade de mulheres em Natal seja maior de que homens, a representação das mesmas é só de 38%.
Apesar de estar em apoio ao atual prefeito de Natal, a vereadora Júlia Arruda pode se dizer que é uma das poucas que ainda consegue se manter na casa em um mundo considerado bem machista, visto que conseguiu se reeleger pela segunda vez e foi um dos poucos casos que aconteceu na capital potiguar no qual uma mulher conseguiu vários mandatos em seguida.
Sim, antigamente, as mulheres vereadoras só permaneciam no cargo apenas por um mandato. Ou seja, quatro anos.
Uma das coisas mais que se deve questionar a participação das mulheres na política é o Partido da Mulher Brasileira (PMB), que será representado por três homens na Câmara Municipal de Natal a partir de 2017. Obtiveram êxito no pleito eleitoral deste domingo (2), pela legenda, os candidatos Dinarte Torres (2.754 votos), Robson Carvalho (2.565 votos) e Aldo Clemente (2.229 votos). Apenas 13 destes candidatos da legenda eram mulheres.
Além disso, a participação de mulheres negras é mais baixa ainda. De acordo com um levantamento divulgado na semana passada, pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), apenas 13% das candidaturas a vereadores no Brasil são de mulheres negras, e para prefeitura esse percentual é de 0,13%.
A única candidata negra natalense que chegou perto das vagas foi a Divaneide Basílio, integrante do Partido dos Trabalhadores (PT). Em Natal foram 176 candidatas a vereadoras e dessas, 57 se declararam pardas e apenas 19 são autodeclaradas pretas, ou seja 10%. Lembrando que na capital potiguar 51% da população é negra, de acordo com o Censo.
Agora, você, eleitor natalense, que elegeu algumas dessas mulheres, faça o seguinte questionamento:
- Elas vão defender projetos de combate contra a violência da mulher?
- Elas vão defender as mulheres dos bairros nobres, das periferias ou as duas?
- O que elas acham das vítimas de estupro ou violência sexual?
- Será que elas vão defender homens que são conhecidos por difundir algo da cultura machista?
Agora é hora de cobrar dessas vereadoras.
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