O nome dela é Maria Nazaré Félix de Lima, mas todos lhe chamam de Viúva Negra de Ielmo Marinho, cidade potiguar onde mora. Ela é acusada de ter matado os homens com quem envolveu. A sua história fez com que ela virasse uma figura histórica na cidade de 12 mil habitantes. A história dela desperta bastante curiosidade entre os potiguares.
Apesar de ser protagonista de uma história polêmica, misteriosa e por muitas vezes contraditória e incoerente. Entretanto, a Viúva Negra possui um jeito cativante, delirante e simples, que nos fornece ao longo da conversa um enredo cheio de elementos para compor uma boa história – drama, mistério, conflito, emoção, romance, sexo e pornografia. Todos moradores o conheciam e chegavam a conversas. Alguns homens chegavam a paquerá-la, mesmo sabendo do passado.
Vinda de uma família de nove filhos, Nazaré vive em uma casa de taipa na zona rural da cidade e teve uma infância bastante conturbada. Na adolescência, ela trabalhou como empregada e foi abusada sexualmente pelos patrões. Nazaré alega que matou os maridos por beberem demais e lhe agredirem.
O primeiro marido, chamado Victor Maciel, lhe espancava quando estava bêbado. Cansada de apanhar, ela armou uma vingança. Quando o marido foi dormir, ela o matou a partir de golpes de machado e rapidamente se entregou para polícia. Isto aconteceu no ano de 1991 e Maria Nazaré vivia com o rapaz há cerca de seis anos quando ocorreu o crime.
Após passar 10 meses em uma delegacia e ser libertada, foi novamente presa por desrespeitar a condicional e ser levada a Penitenciária João Chaves, onde fugiu.
O segundo caso aconteceu na cidade pernambucana de Salgueiro, onde assassinou Luís Batista com um tiro de espingarda. Na época, Nazaré ficou enfurecida por Batista ter matado o próprio pai e traficar drogas. Além disso, ela disse que sentiu ameaçada após ter escutado que ele iria a matar e jogar seu corpo em um açude.
Em 1995, ela matou a pauladas o companheiro Luís Rodrigues, no qual ela alega que a vítima tinha estuprado a própria irmã. Então, Nazaré foi presa e libertada em 2000. O fato chamou tanta atenção, que ela foi reportagem do Fantástico e do Programa do Ratinho na época. Até hoje, muitos jornalistas se interessam em contar sobre a sua estranha história.
Em 2007, dois irmãos tentaram a assassinar com golpes de faca. Eles a viram em um bar bebendo e resolveram tentar a matar. O motivo seria uma briga da viúva com a irmã deles. O golpe lhe atingiu na região do tórax e chegou a perfurar um dos pulmões. Ela ficou por muito tempo em estado de coma no Hospital Santa Catarina em Natal, mas sobreviveu.
Os irmãos Adenilson Costa e Ednaldo Barbosa de Lima estavam querendo se vingar de Maria Nazaré, visto que em 2002 ela esfaqueou a irmã deles após ter sido expulsa em um bar. Por isso, ela foi presa novamente.
Em julho do ano passado, ela cometeu o quinto homicídio. O rapaz era conhecido como Tico, seu nome de batismo era Francisco Garcia da Silva, e já tinha um relacionamento com Nazaré fazia algum tempo. De acordo com a polícia, a viúva negra o matou a pedradas e depois de ter matado o companheira, ela procurou a corporação para afirmar que o encontrou morto.
Nazaré acrescenta que o primeiro golpe foi dado quando Tico estava sentado na cama fumando um cigarro. Ela disse ainda que o namorado, após receber esta primeira paulada, já caiu inconsciente, “não sabendo explicar quantos golpes veio a desferir após o primeiro”. Os moradores, por sua vez, contam que desde manhã o casla discutia por causa de um possível roubo pela parte dela. Era a segunda vez que estava tentando matar o seu último marido.
Em 2014, um grupo de estudantes de rádio e tv da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) fizeram um documentário sobre a sua história.
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