Quem viajou de Natal para Mossoró passa por este lugar. No meio da BR 304, existe o Pico do Cabugi, possui cerca de 500 metros de altura acima da planície, localizado no terrítório do município de Angicos, faz parte do Parque Ecológico Estadual do Cabugi, uma área de proteção ambiental. Seu cume é um dos pontos mais altos do Rio Grande do Norte. Muitos dizem que era um vulcão, afinal o local era mesmo?
Alguns estudiosos apontam que o local realmente era vulcão e o único vulcão extinto do Brasil continental que preserva sua forma original. O período em que o vulcão esteve ativo é chamado de Miocênico. Àquela época, os continentes já apresentavam praticamente seus formatos atuais. Os índios chamavam o local de peito de moça devido ao seu formato.
Um dos primeiros registros sobre o pico foi o de Nestor Lima. Por falar em sua estrutura, a estrutura cônica mais proeminente é descrita pelos geólogos como um pescoço vulcânico. Detalhe, o pico do Cabugi nunca entrou em erupção, apesar de ser extinto.
Constituída de basalto, ela é resultado da solidificação do material que preenchia o conduto vulcânico, o qual ligava a superfície a uma câmara a mais de 60 quilômetros de profundidade repleta de magma, a temperaturas superiores a 1000 graus centígrados e a pressões inimagináveis. O magma é o material pastoso super quente que, ao ser expelido de um vulcão, passa a ser chamado de lava, e dá origem a rochas após sua solidificação.
Quem tem a oportunidade de escalar o Pico do Cabugi e atingir seu cume é capaz de enxergar as dunas da costa branca ou até mesmo o oceano atlântico a 80 km de distância ao norte.
Sua idade isotópica é uma das mais mais recentes das rochas ígneas brasileiras (aproximadamente 19 milhões de anos). Sua forma parecida de domo de lava é devido à erosão diferencial, pois a rocha constituinte não é riolito ou dacito, mas sim, álcali olivina basalto. A rocha contêm xenólitos ultramáficas originado do manto.
Atualmente, o Pico da Cabugi é utilizado como turismo ecológico e muitos fazem rapel e acampam na região. Confira o vídeo a seguir:
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