Brechando/Cidades / Coco de Roda, Teatro, Artes Visuais e Música na Frei Miguelinho nesta sexta

Coco de Roda, Teatro, Artes Visuais e Música na Frei Miguelinho nesta sexta

Sexta-feira é dia de Cultura Popular no Movimento n’Aboca. O evento acontecerá no ABOCA Cultural, na Rua Frei Miguelinho, no bairro da Ribeira, com coco de roda, teatro, artes visuais e música, a partir das 18 horas desta sexta-feira (1), cujo tema é ressaltar e festejar as lendas, contos, brincadeiras, receitas e festas especiais do povo…

Compartilhe:

Sexta-feira é dia de Cultura Popular no Movimento n’Aboca. O evento acontecerá no ABOCA Cultural, na Rua Frei Miguelinho, no bairro da Ribeira, com coco de roda, teatro, artes visuais e música, a partir das 18 horas desta sexta-feira (1), cujo tema é ressaltar e festejar as lendas, contos, brincadeiras, receitas e festas especiais do povo brasileiro.  Mas, se tem todas essas manifestações culturais, por que não colocar o nome da festa de Edição “Folclore”?

De acordo com Marília Negra flor, atriz, militante negra e dançarina popular: “Folclore” vem do inglês “Folklore” onde “Folk” que significa “povo” e “lore” significa “conhecimento”, é um termo utilizado para designar a Cultura Popular tradicional, a própria origem do nome já nos distancia de nossas raízes e do conhecimento e origem da nossa cultura e apesar de ainda ser muito utilizado e aceito, esse termo vem sendo questionado por antropólogos, militantes e pessoas que fazem a Cultura Popular. Observa-se hoje uma certa recusa a utilização desse termo onde a parte mais abastada e detentora de poderes escolhia o que era aceito e visto como cultura e belo, dando-lhe o nome de “folclore” e marginalizando o que não estava dentro dos padrões estéticos e sociais.
DJ Yarah tocará o melhor de Clara Nunes e Secos e Molhados
A festa, com apresentação do ator Marcos da Câmara, vai trazer conjunto de tradições e costumes populares que são transmitidos de geração em geração. O apresentador também fará uma performance como DJ Yarah, que discotecará a pista d’ABOCA, com muito Secos e Molhados, Clara Nunes, uma importante difusora das tradições africanas trazidas no Brasil, além de contos e lendas musicais da mais variada mística popular.
Espetáculo “Cambalhotas” do Grupo Eureka é uma das atrações

Por falar em Coco de Roda,  que tal assistir uma apresentação com o Mestre Severino ? Ele é o fundador do Coco de Roda da Vila de Ponta Negra, no qual conheceu a arte há 09 anos na Vila através do pai Luiz Bernardo nas brincadeiras de Zambê, Chegança e Boi de Reis. A  aproximação  com  esse universo  das manifestações populares, influenciou no seu trabalho e dedicação ao coco de roda,  levando  a conservar  elementos utilizados pelo  seu  pai,  tais  como a formação instrumental.

Gosta de Cordel? Haverá a exposição de “Entre Matrizes e gravuras: Dez anos de resistência”, mostrando as obras de xilogravura de Erick Lima, que há 10 anos o artista visual busca difundir esta arte através de palestras e oficinas. Para quem não sabe, artesão utiliza um pedaço de madeira para entalhar um desenho, deixando em relevo a parte que pretende fazer a reprodução. Em seguida, utiliza tinta para pintar a parte em relevo do desenho. Na fase final, é utilizado um tipo de prensa para exercer pressão e revelar a imagem no papel ou outro suporte. Assim, muitas capas do cordel, que reúne poemas originários da literatura oral, foram feitas desta seguinte forma.

Como não falar de cultura popular sem a parte de artes cênicas?  Terá a apresentação do espetáculo “Cambalhotas”, da Base de Experimento do Grupo de Teatro Eureka, criado em 2015, que traz um resgate a arte circense e ao teatro de rua, no qual estavam perdendo espaço nas grandes capitais e, consequentemente, nas cidades do interior.

O espetáculo com uma dramaturgia irreverente, leve, que trata das dificuldades de ser um artista, do preconceito sofrido diariamente e dos “nãos” constantes que levam para manter um projeto. Usa de elementos da cultura popular – coco de roda, cortejo, cantigas de roda, etc.  A peça transporta o público para Formosura, uma cidade governada por um prefeito corrupto, pai da menina Berenice, que sonha em ser bailarina e tem um amor proibido por Facilita, o palhaço do circo Cambalhotas, que luta pela permanência do circo na cidade, e todos ficam sob a vigilância de Dona Josefa, a fofoqueira.
Na parte musical haverá a apresentação do percussionista Sami Tarik e do Grupo Folia de Rua, grupo idealizado por Jorge Negão, que após constatar a desvalorização das nossas tradições culturais, cultivou a ideia de divulgar os ritmos e folguedos oriundos do Estado do Rio Grande do Norte, através dos meios que se dispunha: a percussão, a dança e o teatro.
Sami Tarik é uma das apresentações musicais
Então já sabe né?  Dia 01 de Setembro, a partir das 18h, venha celebrar a nossa cultura popular! Ingressos por 10 reais na lista amiga até o dia 30/08 e na hora 15 reais.
Serviço:
Movimento n’ ABOCA – Edição Cultura Popular
Onde? ABOCA Cultural (Rua Frei Miguelinho, 16, Ribeira)
Hora? 18 horas
Ingressos:
– Lista Amiga: confirmando presença no evento até 16h do dia 30/08: R$ 10,00.
– Na hora: R$ 15,00.
Mais informações: https://goo.gl/7BcMdP

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

Clique aqui para saber mais.

Arquivos

Chuva de palavras

Alecrim Arte banda Brechando Brechando Vlog Campus Party carnaval Cidade Cidade Alta Cidades cinema Covid-19 Cultura curiosidades Dosol entrevista Evento eventos Exposição feminismo Festival filme filmes Historia lgbt livro Mada mossoró Mudanças Mulher Música Natal pesquisa Peça potiguar projeto Quarentena Ribeira Rio Grande do Norte RN Rolé Show Teatro UFRN ônibus

Ir para o conteúdo