Meu primeiro contato com o heavy metal foi aos 12 anos, quando meu amigo de escola, o Luiz Guilherme, apresentou as bandas que ele gostava, como Massacration e Iron Maiden. No entanto, foi vendo o clipe de Iron Man do Black Sabbath que a minha vida mudou e reconheci que gostava daquilo. Depois disso eu não parei mais, passava dias pesquisando sobre a história do metal para entender os estereótipos, afrontava os metaleiros chatos e machistas e, por fim, saber como era a cena daqui.
15 anos depois, mesmo que eu escute mais coisas, o metal está lá, na minha playlist do Spotify e nas minhas prioridades de shows para adentrar na polga ou simplesmente balançar a cabeça. Sempre achei interessante a cena do metal de Natal, porque tudo começou na Whiplash e resolvi reformular as matérias que fiz sobre a loja de discos. Esta é a terceira matéria que faço sobre a loja e ainda não foi publicada no Brechando. Por quê?
O motivo foi porque queria enviar ao edital da Fundação José Augusto (FJA), no qual um dos editais da Lei Aldir Blanc estimulava a produção de reportagem, o Prêmio Carlão de Souza. Alpem disso, enviei outro projeto para o mesmo edital, numa outra categoria de premiação, que foi o projeto da segunda edição da revista do Brechando.
A segunda edição da revista foi selecionada na suplência, já a reportagem inicialmente não apareceu no Diário Oficial. Assim como diz o Dio: “Lá está ele no meio do círculo. Buscando, procurando. Com um único toque da trêmula. A resposta será encontrada”.
Hoje, 18 de dezembro de 2020, descobri que os deuses do metal estavam me observando e recebi um e-mail da Fundação José Augusto, no qual eu assinaria o contrato, pois minha reportagem foi contemplada no Prêmio Carlos de Souza, que faz parte do edital da Lei Aldir Blanc. Corri para a primeira lan house, imprimi e enviei mais rápido que Eddie Van Halen tocaria sua guitarra.
Estou em êxtase ainda, minha primeira premiação como jornalista em oito anos de carreira, com orgulho de continuar seguindo os meus sonhos de trabalhar com jornalismo cultural, desde que era pirralha e via MTV todos os dias antes de ir para escola.
Primeiramente, quero agradecer a Ayrton Alves por ter me incentivado a participar do edital e que nada disso aconteceria. Depois agradecer a minha família que finalmente acham divertido minha aventura como jornalista e me proíbem de fechar o site. Poderia agradecer aos meus amigos e outros colaboradores que fazem o Brechando acontecer, mas viraria uma carta gigante.
É possível fazer o jornalismo independente em Natal, mostrar que podemos ver em todos os ângulos. E esperamos que a segunda edição da revista do Brechando seja chamada da suplência, vamos cruzar os dedos!
Sobre a Whiplash
Essa loja de discos fez parte da vida dos natalenses e foi inaugurada na década de 1980 por Luziano Rock Stanley, que antigamente trabalhava num outro estabelecimento que vendia discos.
Era um vasto colecionador de discos importados e outros artigos que deixaria qualquer metaleiro louco, depois começou a vender estes mesmos dentro da sua casa. A demanda cresceu e criou uma loja.
Numa época sem rede social, a propaganda feita pelas próprias pessoas ajudou para que a loja ficasse famosa e ficava no meio da Avenida Senador Salgado Filho. O local era perfeito para quem quisesse saber um pouco mais daquela música Made in England e comprar aquele disco raro. O foco dos clientes eram jovens de 15 a 22 anos.
Para ler uma das reportagens, só clicar neste link.
Reportagem contemplada na lei Aldir Blanc é mais completa e tem novos detalhes
Quatro anos após publicar pela primeira vez sobre a loja Whiplash, eu resolvi garimpar os metaleiros mais antigos da cidade para relembrar as suas memórias, visto que muitos dos que visitaram eram jovens adolescentes ou que estavam começando o início da vida adulta, assim nasceu a terceira reportagem sobre Whiplash, no qual ainda não foi publicada. Está muito legal e será publicada em uma das revistas da FJA.
Todos os novos detalhes, portanto, divulgarei em breve.
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