Sabemos que o RN é conhecido por pesquisas nas Neurociências. Um deses estudos vem de uma pesquisadora do Instituto do Cérebro, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), visto que descobriu que a esquizofrenia pode vir antes de um surto psicótico.
A neurocientista Natalia Mota é psiquiatra e pós-doutoranda do instituto. Fez alguns testes com esquizofrênicos a partir de um método criado dentro do Instituto do Cérebro.
Natália viajou ao Reino Unido para pesquisar pacientes esquizofrênicos
Por isso, Natália viajou recentemente para o Reino Unido. Lá analisou pacientes da Escócia. Então, ela e outros pesquisadores viram que as principais características da esquizofrenia já apresentam antes dos primeiros sintomas.
Em entrevista à UFRN, Natália ressaltou que a importância de identificar esses pacientes é uma forma de prevenir o primeiro surto. Além disso, comenta que o diagnóstico tardio dificulta o tratamento e entender a fala do paciente.
A pesquisa tem a participação de mais 14 pesquisadores de vários países.
O Brasil também já participou da pesquisa
Ela já havia experimentado o sistema em doentes da Inglaterra e do Brasil. Essa, no entanto, é a primeira vez que se consegue identificar o transtorno antes de surgir.
A análise da estrutura da fala para o diagnóstico de esquizofrenia em pacientes é possível através de grafos. Técnica desenvolvida pelo Instituto do Cerébro em parceria com o Departamento de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). De acordo com Natalia Mota, avaliar a produção da fala logo nos estágios iniciais é útil para evitar a psicose.
Como é o sistema que Natália trabalha?
A psiquiatra utiliza a análise de grafos para entender a fala dos doentes. Grafos é um ramo da ciência, que estuda as relações entre os objetos por um certo caminho. Como se fosse um jogo de ligue os pontos.
O objetivo é organizar o pensamento dos pacientes, uma vez que não está nítido por conta da esquizofrenia. Além disso, é uma forma de saber o paciente e o que pensa.
Esses grafos são produzidos através de um programa chamado de Speechgraphs, que ele cria conexões das falas do paciente enquanto ele conversa com o médico.
Além disso, a pesquisa mostra que um paciente já com surto fala bem menos. Por conseguinte, tem discurso bem curtos, pelo fato de não lembrar os detalhes de sua história.
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