Era o Carnaval de São Paulo no ano de 2012 quando nos minutos finais um homem bombado correu para cima do palco e rasgou o bloco com as notas, assim atrasando a campeã. Ninguém lembra quem venceu, mas sabe deste homem, o rasgador de notas.
Depois disso todo mundo espera um barraco deste tamanho na apuração das Escolas de Samba de São Paulo. No entanto, o que pouca gente sabe é que este homem é membro agora do neocangaço e está preso, ainda mais participou de um assalto em Lajes do Cabugi, no Rio Grande do Norte.
Afinal, quem é este homem?
Seu nome é Tiago Ciro Tadeu Faria, de 38 anos. Gianechini foi denunciado pelo MPE (Ministério Público Estadual) de São Paulo no último dia 4 pela participação em um desses roubos, realizado em 29 de julho deste ano na cidade de Botucatu (SP). Ele e outros três já estão no banco dos réus.
Ainda mais os jornalistas descobriram seu nome de guerra no bando: Gianechini, referência ao ator Reynaldo Gianechini. Ele foi preso semana passada em São Paulo.
O assalto em Lajes com o rasgador de notas
Um dos assaltos registrados pelo rasgador de nota no Rio Grande do Norte em 30 de janeiro de 2017, quando ele comandou uma equipe de bandidos a explodir o Caixa Eletrônico da Agência do Banco do Brasil.
Lá, eles pegaram as notas (desta vez de dinheiro) e repetiram feito não só no RN, mas tem em outros estados do Nordeste.
Além disso, o mesmo bando, formado por ao menos 10 homens, metralhou uma delegacia da Polícia Civil, cercou uma base da Polícia Militar e depois invadiu a agência. Ainda mais os criminosos explodiram caixas eletrônicos e fugiram levando dinheiro.
Sim, ele não comandou de longe em SP, realmente participou em Lajes. Só descobriram a sua participação, porque o estado de São Paulo tem um banco de DNA.
Além disso, Ciro deixou uma bebida láctea enquanto foi fazer a explosão do caixa eletrônico, que deixou seus rastros.
Esses rastros levaram a polícia ao banco de DNA, que o Gianechini deixou para Polícia Civil paulista quando foi preso por roubo.
Outros assaltos famosos
Os assaltantes agindo em várias regiões do Brasil desde 2017 e a participação do assaltante em ao menos outros três roubos a banco já está comprovada. A defesa dele nega e diz que o cliente é inocente de todas as acusações.
No Instagram do suspeito, que segue ativo, há fotos dele ostentando carros como um Land Rover Range Rover Velar personalizado na cor roxa. O modelo mais recente do veículo está na faixa dos R$ 300 mil reais. Há também fotos do empresário dirigindo outros modelos importados, como um Porsche.
Segundo os investigadores, ele teria participação nos ataques contra agências do Banco de Brasil de Ourinhos e de Botucatu. Neste último caso, em 30 de julho, uma quadrilha com cerca de 40 integrantes promoveu uma madrugada de terror na cidade.
A polícia diz que Faria é suspeito ainda por casos de explosão em bancos do Rio Grande do Norte, em 2017, e de Iacanga, no interior de São Paulo, em 2016.
Em 20 de julho deste ano, policiais civis apreenderam 200 kg de explosivos no bairro do Limão, zona norte de São Paulo. Testemunha revelou que os artefatos, usados em explosões de caixas eletrônicos, foram deixados na residência por Gianechini.
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