Hoje é dia dos namorados e lembrei do ano passado, quando levei um fora no dia e realmente passei sozinha em casa. Ao mesmo tempo, meus pais fizeram um rolé com os casais amigos e chorei um pouquinho, não vou mentir. Mas, era a hora de seguir em frente.
Meses depois eu escrevi um texto falando sobre o amar novamente. No entanto, eu esqueci de escrever que antes de se envolver em qualquer relacionamento, você precisa se conhecer.
O autoconhecimento pode ser feito de várias formas, como conhecer o seu corpo, o que você espera do próximo ou seus limites.
É um processo doloroso, principalmente para uma pessoa que emenda relacionamentos sérios e agora tem uma outra visão sobre envolver com as pessoas, saber diferenciar o afeto e apego. Antigamente, eu achava que meus relacionamentos a pessoa tinha que me acompanhar em qualquer lugar, ficar o tempo todo comigo e não é bem assim como a banda toca. E, por muito menos, tratar distante ou não querer ficar um tempo para se olhar também é ruim.
Já tive relacionamentos que pessoas me assumiram, colocavam status no Facebook e queria me mostrar como instrumento de posse. Outros, no entanto, queria me ver escondido, porque ele queria e pronto. Em ambos os exemplos mostram o apego e não afeto, eles nunca tiveram afeto de alguém, na verdade.
Como vocês podem perceber, não dá para ser os dois lados da moeda. Por isso, existe a linha tênue entre afeto e apego.
Qual a diferença de apego e afeto, mulher?
O apego está relacionado com a posse e muitas vezes a gente acha que os nossos companheiros podem ser donos da gente. Antes da gente querer dar amor à alguem, precisamos nos conhecer melhor para que a gente possa conseguir demonstrar o carinho necessário.
A gente é um abrigo emocional, no qual podemos se envolver e depois podemos deixar livre. O amor é permissionário e não precisa de negociações, ele vem esporadicamente e pode crescer ou transformar em outras formas de relacionamento. Aprendi muito em páginas sobre autoamor que você se conhecer e mostrar os seus limites é uma forma de se proteger de um relacionamento abusivo. É verdade!
Ultimamente estou tentando limitar, me conhecendo melhor e pelo fato de deixar a minha saúde mental intacta para seguir as próximas estratégias.
Estar em um relacionamento sem apego é uma das maiores lições que eu tive, fazendo com que aprenda a saber meus limites e saber onde pode o respeito do outro, aos pouquinhos, passos de tartaruga mesmo.
Se amar e ter afeto é uma forma de ter um relacionamento sem ser abusivo
A gente precisa aprender que amar não é um concurso para atender os pré-requisitos. É encaixe, química e aceitação da vinda de uma outra pessoa na sua vida, com sua intensidade é característica. É o que move a gente. Permita o amor a adentrar nas suas entranhas e libera o que você sente, permita-se e se alguém te machucar, ame de novo e de novo. E, o mais importante, sem amarras sociais ou posses, respeite os seus limites de intensidade.
Os dois precisam querer juntos para que as coisas possam continuar da forma correta e o mais importante: conversar.
Conversem bastante e evite o máximo de segredos possíveis, isso pode evitar muitos problemas. Falo com toda experiência, seja honesto, independente se é só uma trepada ou namoro super sério e monogâmico.
Independente como você ama, saiba a diferença de afeto e apego.
Feliz Dia dos Namorados!
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