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Gato Lúdico, uma banda antiga e atual ao mesmo tempo

Gato Lúdico

Em um vídeo, eu recomendei que as pessoas escutassem “Os Mulheres Negra”, mas eu esqueci de mencionar uma banda potiguar que surgiu na mesma época e tem a mesma vibe. Além disso, eles participaram de importantes momentos da cultura alternativa potiguar. Estou falando do grupo Gato Lúdico, que chamaram bastante atenção dos natalenses quando surgiram…

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Em um vídeo, eu recomendei que as pessoas escutassem “Os Mulheres Negra”, mas eu esqueci de mencionar uma banda potiguar que surgiu na mesma época e tem a mesma vibe. Além disso, eles participaram de importantes momentos da cultura alternativa potiguar. Estou falando do grupo Gato Lúdico, que chamaram bastante atenção dos natalenses quando surgiram e, o melhor, estão em atividade até hoje.

O Gato Lúdico surgiu na década de 80 quando os atores do Grupo Nuvem Verde de Teatro Aberto se reuniram para cantar músicas autorais e o foco era criar músicas irreverentes e bastante anárquicas, os comparando com outras bandas nacionais, como Língua de Trapo e Joelho de Porco.

Eles chocaram o público com a sua música, fazendo com que chamasse atenção dos natalenses rapidamente, principalmente a turma de esquerda.

Mas, antes tinha que explicar o grupo de teatro, formado na década de 70 pelo diretor e cenógrafo Jaime Lúcio Figueiredo, Vicente Vioriano e Carlos Alberto de Lima, bastante inspirados em Bertold Bretch. As apresentações teatrais chamavam atenção e os integrantes resolveram criar uma banda para ajudar a fazer trilhas para as peças.

Lima e Vitoriano conheceram em Mossoró, mas começaram a parceria quando eles integraram a Nuvem Verde.

Gato Lúdico na década de 80

Primeiros passos da banda

Jaime veio para Natal em 1975 e era funcionário da Chesf e pediu transferência para o Nordeste. Veio trabalhar no Recife. Depois de pouco tempo, desistiu do trabalho e pediu demissão. Andou um pouco e veio morar em Natal.  Quando veio para Natal, ele conheceu Vicente Vitorino e o trio formou rapidamente o Grupo Nuvem de Teatro cuja primeira peça foi uma adaptação de Bretch.

O grupo apareceu publicamente em 1982, no Primeiro Festival de Música e Poesia da UFRN cantando “Serelepe” e “Príncipe Augusto”. 

No mesmo ano, participou do Festival de Artes de Natal, realizado no Forte dos Reis Magos, assim como nas edições de 1983 e 1984.

A partir daí, fez várias apresentações em bares como “Casa Velha”, “Bar da Ladeira”, “Vice e Versa” e “Tirraguso”, os points da galera que curtia arte, poesia e música, naqueles efervescentes anos do movimento artístico e cultural da cidade de Natal.

A banda sempre aparecia com rostos pintados e sempre fazendo performances teatrais. Viraram figurinhas carimbadas nos eventos alternativos no RN, como lançamento de livros, apresentações no Teatro Alberto Maranhão, no Solar Bela Visto e dentre outras coisas.

Gato Lúdico
Cartaz de uma apresentação do Gato Lúdico

Além disso, fez a abertura para o show de José Roberto Aguilar e Banda Performática, em 1984, no Teatro Alberto Maranhão. Em 1987 participou do Projeto Espaço Aberto, da Prefeitura de Natal, com o show “Rock, Reggae, Heavy, Frege”, no Teatro Jesiel Figueiredo.

A convite do jornalista Franklin Jorge, o grupo acompanhado por Rômulo Tavares e Jorge Negão, se apresentou em 1993, na Capitania das Artes no lançamento do DN Revista, o Caderno Cultural do Diário de Natal. Em 2007, Jaime Figueiredo faleceu.

Gato Lúdico voltou em 2011

O Gato Lúdico retornou ao cenário artístico e cultural da cidade a convite do poeta Carlos Gurgel apresentando a intervenção “Sétimo Folêgo” nas comemorações do Dia da Poesia, deste ano de 2011, com a seguinte formação: Artemilson Lima, historiador; ator e comunicador; Cláudio Damasceno, designer e professor de arte; Carlos Lima e Vicente Vitoriano. Os músicos Paulo Brunis, Ranier Alves e John Fidja, senhores do som, acompanham os lúdicos, desde então.

Eles voltaram a se apresentar em festivais e fazem apresentações esporadicamentes.

Confira a perfomance no Som Sem Plugs:

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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