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Foi por causa deste bar que comemoramos o dia Internacional do Orgulho LGBT

Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros, essas são as letras que compões a sigla LGBT, no qual no ano passado descobriu que no Brasil a cada 24 horas, um integrante do grupo morre. De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), o ano de 2016 foi o mais violento desde 1970, embora tenha cometido alguns…

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Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros, essas são as letras que compões a sigla LGBT, no qual no ano passado descobriu que no Brasil a cada 24 horas, um integrante do grupo morre. De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), o ano de 2016 foi o mais violento desde 1970, embora tenha cometido alguns avanços, como a liberação do casamento de pessoas do mesmo gênero. Por que falar LGBT e não orgulho gay?

Porque existem outras formas de orientações sexuais além de ser gay, no qual os bis, as trans e lésbicas também sofrem os mesmos preconceitos, como apanhar na rua por amar diferente, não arranjar emprego ou ser associado como alguém depravado.

A sigla LGBT abriga mais identidades que essas quatro letras dão conta de explicar e é importante reforçar a participação também das lésbicas, bissexuais e pessoas trans no processo de afirmação das questões relacionadas à homossexualidade e à identidade de gênero. Mas, o motivo da data?

É uma forma de relembrar o dia 28 de junho de 1969, no bar novaiorquino chamado StoneWall-Inn, no qual permitia a entrada de pessoas que amavam o mesmo gênero e os trans. Eram, no entanto, comuns batidas policiais e agressões aos frequentadores locais, até eles começarem a ficar insatisfeitos e protestarem para que os direitos de ir e vir fossem garantidos. A gota d’água teria sido a agressão que uma lésbica sofreu de um policial.

Os protestos em Nova York duraram pelo menos dois a três dias. Um ano depois, no dia 1º de julho, as ruas da cidade recebiam a primeira Parada do Orgulho registrada no mundo.

Uma outra teria está relacionada a morte de Judy Garland, vítima de uma overdose. A eterna Dorothy de “O Mágico de Oz”era adorada pela comunidade LGBT e muitos frequentadores do Stonewall-Inn estavam particularmente sensibilizados com a morte dela, ocorrida naquela mesma semana.

Hoje, as Paradas do Orgulho LGBT acontecem em quase todos os países e em muitas cidades do Brasil ao longo do ano.

Infelizmente, a perseguição, discriminação e as violências contra pessoas por causa de sua orientação sexual ou identidade de gênero — real ou percebida — não acabou. No relatório “Making love a crime”, a Anistia Internacional mostra que em 38 países da África, a homossexualidade é criminalizada por lei, e ao longo da última década houve diversas tentativas de tornar estas leis ainda mais severas.

Além disso, alguns países da Ásia também são proibidos, como o Afeganistão. De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), em 76 países ter um parceiro do mesmo sexo ainda é considerado crime.

A Stonewall ainda existe? O original fechou em 1969. Em 1990, um bar chamado “Stonewall” abriu na metade ocidental do local original. Este foi renovado e voltou ao seu nome original, “The Stonewall Inn”, em 2007. Os edifícios são parte da zona histórica da cidade e foi designado um Marco Histórico Nacional em 2000. Em junho de 2015, o Stonewall Inn recebeu um estatuto especial da Comissão de Preservação de Marcos da Cidade de Nova York por seu papel como o catalisador do movimento LGBT.

Em 24 de junho de 2016, o presidente dos Estados Unidos Barack Obama oficializou o bar como um monumento nacional.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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