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Pegando o Uber um dia após as multas do STTU

Na noite desta segunda-feira (17), o Novo Jornal, veículo impresso da cidade e bastante atuante nas redes sociais, filmou a ação dos guardas Secretaria de Mobilidade Urbana, a STTU, também conhecidos como amarelinhos, multando os carros do Uber. Vale lembrar que a Prefeitura do Natal já tinha liberado a utilização da empresa na cidade. Veja…

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Na noite desta segunda-feira (17), o Novo Jornal, veículo impresso da cidade e bastante atuante nas redes sociais, filmou a ação dos guardas Secretaria de Mobilidade Urbana, a STTU, também conhecidos como amarelinhos, multando os carros do Uber. Vale lembrar que a Prefeitura do Natal já tinha liberado a utilização da empresa na cidade. Veja o vídeo a seguir:

O vídeo que já tem mais de 22 mil visualizações apenas no Facebook fez com que muitos natalenses ficassem indignados com a situação. Mas, como os motoristas do Uber foram trabalhar no outro dia? Com medo? Aflição?

Uma coincidência é que precisaria pegar o Uber no outro dia para ir numa consulta médica. Ótimo momento para brechar os acontecimentos da cidade. Eram 9 horas desta terça-feira (18) quando solicitei o motorista e só tinha apenas um carro circulando pelo mapa do app. Parecia que não tinha ninguém, provavelmente os funcionários estavam com medo de sair de casa por motivos óbvios. Ninguém gosta de pagar multa, não é?

Então, eu tive que esperar uns 10 minutos para que o motorista chegasse à minha casa, que foi combinado aonde iria me buscar. Ele estava em um outro bairro.

Entretanto, passou dos 10 minutos, pois o motorista se perdeu pelo caminho da minha casa, mesmo eu fazendo inúmeros movimentos para dizer que eu era a pessoa que estava pedindo. Só fiz isso, porque o aplicativo sempre fornece a placa e o modelo do veículo que vai buscar. E eu tinha reconhecido o automóvel.

Observação: Gente, verifique estes dados antes de entrar em um carro desconhecido, está certo? Aí, eu tive que ligar para o motorista (o Uber fornece o telefone dos funcionários) para explicar o caminho da casa.

Resolvi ligar pelo número fornecido pelo aplicativo: “Oi, vi que você tá nesta rua pelo mapa no aplicativo e está um pouco perdido. É só fazer retorno e pegar a segunda rua que chega aqui, eu estou na calçada”.

Neste mesmo período aparece um outro jovem que também é motorista do Uber perguntando se eu era a Goretti. Respondi que não e ele solta: “O Waze (o GPS que os motoristas utilizam para poder se locomover na cidade) está apontando por essa rua e a mulher não me deu o número da casa. Aí fica complicado, porque ela vai ao aeroporto e tenho medo dela perder o voo.”. Uns cinco minutos depois, o motorista que solicitamos chegou e começou a bater um bate-papo rápido com o motorista da Goretti.

“E aí, amigo, você viu ontem? Foi multado pelos amarelinhos?”

“Não, tive que ficar em casa. Vai para o Aeroporto hoje?”

“Vou já já. Mas eu estou com medo de ser multado. E você?”

“Também, mas faz parte, ué”.

“Vou indo, bom trabalho”.

Finalmente, eu iria ao médico, o motorista pediu desculpas pelo atraso e que estava com problema no GPS. Ficava reclamando o tempo todo do dispositivo, dizendo que fazia dias que estava lhe deixando na mal, fazendo com que ele realizasse um péssimo serviço, visto que eles são avaliados pelos usuários após a viagem. Quanto mais bem avaliado, melhor para eles.

Perguntou qual a rota que desejava chegar ao destino? Educadamente respondi que o mais fácil e acessível para ele. Foi assim a nossa viagem, ao som de músicas internacionais tocadas por flauta, ar-condicionado numa temperatura ideal, vendo o trânsito maluco de Natal e as ruas viradas por conta das obras de saneamento. O Uber dizia que a gente chegaria em 10 minutos e chegamos.

Uma hora no consultório médico, era hora de voltar para casa. Pedimos novamente o Uber, que estava com mais carros circulando. O motorista desta vez também se perdeu no GPS e eu tive que atravessar a rua para fazer com que o carro parasse.

“Oi, eu sou a Lara que pediu o carro!”

“Ai desculpa, o GPS está maluco, com problemas mentais, ele tava dizendo que você estava no Correios e não naquela clínica ali”.

Durante a viagem, ele ficou reclamando o tempo todo do GPS até que se cansou e desligou. Então, ele soltou esta pergunta:

“Você tem problema em dizer o caminho?”

Então, explicamos de forma didática o caminho e cheguei em casa.

Após avaliar o motorista, eu percebi que mais carros em volta do bairro apareceram. Terminando este texto, eu fui abrir o aplicativo novamente, vi que os veículos voltaram a circular normalmente, mesmo temendo que mais artimanhas possam acontecer.

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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