O funcionário terceirizado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) foi afastado de suas atividades após ser acusado de assédio sexual dentro do campus universitário em Natal. Informações são da coordenação do cursinho do Diretório Central de Estudantes da UFRN (DCE), que respondeu os questionamentos do blog Brechando, na manhã festa quarta-feira (25).
De acordo com a equipe que coordena o cursinho, esta foi a primeira vez que uma ocorrência como essa aconteceu com uma aluna da escola, que funciona dentro do setor de aulas I. “Do nosso conhecimento, ela fez a denúncia e o homem foi afastado temporariamente para apurações”, disse a coordenação do cursinho.
Na manhã desta segunda-feira (23), a jovem Isis de Oliveira, acompanhada de duas amigas, foram ao banheiro do setor I. Enquanto Isis urinava, ela foi surpreendida com um homem a fotografando enquanto fazia as suas necessidades fisiológicas.
“Não sabemos se foi um caso isolado, já que é algo que pode ter acontecido com outras pessoas que frequentam o setor. Além do fato de muitas pessoas não se manifestarem e correrem atrás dos direitos, assim como ela fez. Foi sim o primeiro caso envolvendo uma aluna do Cursinho”, comentou a coordenação.
A jovem procurou a coordenação do DCE e a equipe de seguranças para denunciar o assédio. Além disso, ela realizou uma denúncia para a Polícia, realizando um boletim de ocorrência, e também para a ouvidoria da instituição de ensino.
“No intervalo das aulas fui ao banheiro com duas amigas, estávamos conversando há um bom tempo lá e não parecia ter ninguém pois estava muito silêncio, mas a última porta do compartimento do banheiro estava fechada, pedi para as minhas amigas me esperarem e decidi ir ao banheiro que tinha papel, por sinal era ao lado do banheiro que estava trancado. Quando estava fazendo xixi, vi um celular tirando fotos minha de cima e gritei muito alto para uma das minhas amigas”, comentou a jovem.
Além das amigas, mais duas mulheres também flagraram um homem fotografando a Isis urinando. Então, ele se apresentou e disse que fazia parte da manutenção. O rapaz disse que estava cumprindo ordens e estava fazendo o trabalho de forma correta. Apesar do constrangimento, Isis alegou que vai continuar estudando no cursinho do DCE, apesar de ter medo de haver um outro assédio.
“Que fique de alerta para todas as pessoas que como eu sofreram constrangimentos e que não se calem, quem sabe denunciando, pelo menos inibiremos as ações desse mau caráter”, finalizou a jovem.
O DCE vai realizar na próxima segunda-feira (30), a partir das 16h30, uma reunião com as mulheres que já foram vítimas de violência sexual dentro do campus universitária. O caso de Isis estimulou outras pessoas a colocar a boca no trombone. A intenção é evitar que novos casos aconteçam.
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