Uma estudante do cursinho localizado dentro do Diretório Central de Estudantes (DCE) divulga nas redes sociais sobre o assédio que sofreu com um funcionário terceirizado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A denúncia foi feita na noite desta segunda-feira (23). De acordo com a jovem Isis de Oliveira, era intervalo da aula quando ela e suas amigas resolveram ir ao banheiro do setor I quando foi surpreendida com alguém a fotografando enquanto a aspirante estudante de medicina urinava.
“No intervalo das aulas fui ao banheiro com duas amigas, estávamos conversando há um bom tempo lá e não parecia ter ninguém pois estava muito silêncio, mas a última porta do compartimento do banheiro estava fechada, pedi para as minhas amigas me esperarem e decidi ir ao banheiro que tinha papel, por sinal era ao lado do banheiro que estava trancado. Quando estava fazendo xixi, vi um celular tirando fotos minha de cima e gritei muito alto para uma das minhas amigas”, comentou a jovem.
Além das amigas, mais duas mulheres também flagraram um homem fotografando a Isis urinando. Então, ele se apresentou e disse que fazia parte da manutenção. O rapaz disse que estava cumprindo ordens e estava fazendo o trabalho de forma correta.
“Uma das meninas que entraram no banheiro foi chamar um rapaz para ajudar e ele veio dizer que “se ele apagou as fotos, está resolvido” e fiquei mais indignada com isso. Então, um professor de Direito estava numa sala próxima ao banheiro e recomendou que fosse para a delegacia. Logo após encontrei o coordenador do DCE que estava com um segurança”, afirmou a jovem.
Isis realizou um boletim de ocorrência na delegacia sobre o assunto e a denúncia também foi encaminhada pela ouvidoria da UFRN. “Esse era o mesmo homem que estava fazendo comentários maldosos com uma mulher, que se incomodou com o assédio, mas ela não o denunciou”, alegou a jovem em entrevista ao Brechando.
Apesar do constrangimento, Isis alegou que vai continuar estudando no cursinho do DCE, apesar de ter medo de haver um outro assédio. “Que fique de alerta para todas as pessoas que como eu sofreram constrangimentos e que não se calem, quem sabe denunciando, pelo menos inibiremos as ações desse mau caráter”, finalizou a jovem.
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