Ultimamente, uma das vertentes que mais cresce é o parto humanizado, técnica que estimula que as mulheres façam o parto de acordo com os limites da natureza e uma figura essencial é a doula. Mas o que significa isso? Doula é uma assistente de parto, com ou sem formação médica, que acompanha a gestante durante o período da gestação até os primeiros meses após o parto, com foco no bem estar da mulher.
As doulas não podem ser consideradas parteiras, pois não realizam procedimentos médicos como auscultação fetal, aferição de pressão e exame de toque do colo uterino. Sua função intraparto é de dar apoio físico e emocional à mulher em trabalho de parto. Durante a gestação, fornecem informações baseadas em evidências científicas para evitar cesáreas indesejadas ou desnecessárias, proporcionar uma experiência positiva de parto e reforçar o vínculo mãe/bebê. São figuras importantes na retomada do parto fisiológico, natural, humanizado.
Formar pessoas da comunidade para prestarem apoio emocional e físico às gestantes e mulheres em trabalho de parto. A partir desta quinta-feira (5) haverá o II Curso de Doulas Comunitárias que será realizado até sexta-feira (6) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no auditório da maternidade do Hospital Santa Catarina, na zona Norte de Natal.
Os participantes conhecerão a dinâmica do trabalho de parto, formas para fornecer segurança emocional às parturientes, técnicas para ajudar na progressão do trabalho de parto e métodos não-farmacológicos para alívio das dores e como proceder em situações de dificuldade para amamentação.
Dentre as aulas serão discutidas as noções de direitos reprodutivos, para empoderamento e segurança emocional para que as mulheres possam ter experiências de trabalho de parto e parto normal positivas, sem traumas. Teremos ainda momentos de discussão sobre como elaborar um plano de parto, como ajudar a mulher a ter um parto com autonomia e também como obter acesso à rede municipal, desde a Atenção Básica à maternidade.
Durante o parto, a doula explica os termos médicos e os procedimentos hospitalares e apoia a mulher num dos momentos mais vulneráveis de sua vida. Ajuda a parturiente a encontrar posições mais confortáveis para o trabalho de parto e parto, mostra formas eficientes de respiração e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores, como banhos, massagens, relaxamento, entre outros.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o ministérios da Saúde de vários países, entre eles o Brasil (portaria 28 de maio de 2003), reconhecem hoje a profissão de doula. Pesquisas realizadas na última década demonstraram que, sob a supervisão de uma doula, o parto evolui com maior tranqüilidade e rapidez e com menos dor e complicações tanto maternas como fetais.
Com a difusão da nova profissão, poderá também ocorrer uma substancial redução de custos para os sistemas de saúde,
graças à redução do número de intervenções médicas e do tempo de internação de mães e bebês. Na América do Norte, por exemplo, estima-se que existam atualmente de 10 a 12 mil doulas. No Brasil, a demanda de mulheres e instituições que solicitam esse serviço, ainda que bem menor, também vem crescendo significativamente.
Deixe um comentário