maior concentração está em Natal com 73 favelas, quase o dobro dos bairros de Natal, que oficialmente são 36, segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Semurb).
Se você ouviu José Sarney, Africa, Alto da Torre, Japão….Conhece alguma favela de Natal. Quando vemos matérias que falam sobre favela, poucas pessoas falam de outros estados além do eixo Rio-São Paulo. Mas, o Rio Grande do Norte apresenta moradias das diversas estratégias utilizadas pela população para atender, geralmente de forma autônoma e coletiva. A maior concentração está em Natal,com 73 favelas, quase o dobro dos bairros de Natal, que oficialmente são 36, segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Semurb).
Em segundo lugar, a maior quantidade de favelas fica em Mossoró, que abriga 12 comunidades, e São Gonçalo do Amarante, com 9. Parnamirim tem 6 favelas, enquanto Extremoz registra uma. Essas regiões são marcadas por habitações improvisadas, mas também por iniciativas locais para transformar a realidade em que vivem.
Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado conta com 101 favelas espalhadas por diversas cidades, como Natal, Parnamirim, Mossoró, São Gonçalo do Amarante e Extremoz, as maiores cidades do estado. Ao todo, são mais de 76.303 domicílios situados nessas comunidades, onde vivem desafios diários, mas também histórias de luta, superação e solidariedade.
As favelas existentes no RN
1 |
Jardim Progresso – Natal (RN) |
20061 |
2 |
AEIS Vila de Ponta Negra – Natal (RN) |
9877 |
3 |
Mãe Luiza – Natal (RN) |
9426 |
4 |
AEIS Rocas – Natal (RN) |
8832 |
5 |
Aliança – Natal (RN) |
7170 |
6 |
Pompéia – Natal (RN) |
6745 |
7 |
Jardim Primavera – Natal (RN) |
4365 |
8 |
África – Natal (RN) |
4358 |
9 |
Alto Guarapes – Natal (RN) |
3825 |
10 |
Condomínio Village de Prata – Natal (RN) |
3655 |
11 |
Japão – Natal (RN) |
2883 |
12 |
Alta Tensão/Conjunto Santa Clara – Natal (RN) |
2840 |
13 |
AEIS Santos Reis – Natal (RN) |
2532 |
14 |
Alemão – Natal (RN) |
2493 |
15 |
AEIS Gramorezinho – Natal (RN) |
2415 |
16 |
13 de Maio – Natal (RN) |
2250 |
17 |
Planalto – Natal (RN) |
2147 |
18 |
Salinas Floresta – Natal (RN) |
1861 |
19 |
Residencial Vivendas do Planalto – Natal (RN) |
1850 |
20 |
Conjunto Santa Clara – Natal (RN) |
1771 |
21 |
Passo da Pátria – Natal (RN) |
1770 |
22 |
Torre – Natal (RN) |
1767 |
23 |
Aparecida – Natal (RN) |
1750 |
24 |
José Sarney – Natal (RN) |
1746 |
25 |
Nossa Senhora da Glória – Natal (RN) |
1648 |
26 |
Alto do Juruá – Natal (RN) |
1595 |
27 |
Leningrado – Natal (RN) |
1549 |
28 |
Salgadinho – Natal (RN) |
1403 |
29 |
Coqueiros – Natal (RN) |
1325 |
30 |
Brasília Teimosa – Natal (RN) |
1314 |
31 |
D. Pedro I – Natal (RN) |
1242 |
32 |
Ocidental de Baixo – Natal (RN) |
1242 |
33 |
Fio – Natal (RN) |
1230 |
34 |
AEIS Jacó/Rua do Motor B – Natal (RN) |
1177 |
35 |
Supapo – Natal (RN) |
1119 |
36 |
Serraria – Natal (RN) |
1026 |
37 |
AEIS Jacó/Rua do Motor A – Natal (RN) |
1005 |
38 |
Mereto – Natal (RN) |
961 |
39 |
Pedra do Rosário – Natal (RN) |
950 |
40 |
Barreiros – Natal (RN) |
942 |
41 |
Lavadeiras – Natal (RN) |
936 |
42 |
Potyguarania – Natal (RN) |
924 |
43 |
Escadaria – Natal (RN) |
835 |
44 |
Viaduto – Natal (RN) |
798 |
45 |
Aluizio Bezerra – Natal (RN) |
795 |
46 |
Cruzeiro – Natal (RN) |
791 |
47 |
Urubu – Natal (RN) |
757 |
48 |
Raio de Sol – Natal (RN) |
754 |
49 |
Tenente Manoel Procópio – Natal (RN) |
728 |
50 |
Almas – Natal (RN) |
678 |
51 |
Loteamento Cidade Praia – Natal (RN) |
664 |
52 |
Palha – Natal (RN) |
644 |
53 |
Promorar – Natal (RN) |
614 |
54 |
Mosquito – Natal (RN) |
603 |
55 |
Wilma Maia – Natal (RN) |
558 |
56 |
Hospicio – Natal (RN) |
552 |
57 |
El Dorado – Natal (RN) |
536 |
58 |
Olho D’Água – Natal (RN) |
535 |
59 |
Beira Rio – Natal (RN) |
530 |
60 |
Coreia do Nilo – Natal (RN) |
529 |
61 |
Esperança – Natal (RN) |
446 |
62 |
Lagoa Azul – Natal (RN) |
428 |
63 |
Sitio Guarapes – Natal (RN) |
425 |
64 |
Formigueiro – Natal (RN) |
407 |
65 |
J. Lourenço – Natal (RN) |
398 |
66 |
Curtume – Natal (RN) |
385 |
67 |
Gramoré – Natal (RN) |
348 |
68 |
Lagoinha – Natal (RN) |
337 |
69 |
Cambuim – Natal (RN) |
301 |
70 |
Assentamento 8 de Março – Natal (RN) |
186 |
71 |
Vietnã – Natal (RN) |
170 |
72 |
Garis – Natal (RN) |
165 |
73 |
Alto da Torre – Natal (RN) |
143 |
Distribuição e Características
A diversidade também é um ponto marcante. A idade mediana dos moradores varia entre 30 e 38 anos, com diferenças entre os grupos raciais: a idade média é de 30 anos para brancos, 31 para pardos, 35 para amarelos, 36 para pessoas pretas e 38 para o público indígena. Esses números refletem a pluralidade das comunidades e a força de um povo que resiste diante das adversidades.

Condições de Habitação
Entre os 76.303 domicílios, 76.071 são particulares permanentes, dos quais 60 mil estão ocupados e cerca de 13 mil permanecem vagos. Há também 212 casas improvisadas e 24 moradas coletivas, conhecidas como vilas ou cortiços. Esses espaços refletem tanto a escassez de infraestrutura quanto a capacidade de adaptação das comunidades em um cenário desafiador.
Uma boa notícia é que 168.573 habitantes dessas áreas têm acesso à água canalizada, fornecida pela Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). Além disso, outras fontes complementam esse abastecimento: poços artesanais (1.310), lençóis freáticos (274), fontes d’água (13), carros-pipa (58), água da chuva (15) e rios (46). Apesar dessas alternativas, o acesso regular e suficiente à água ainda é um desafio em algumas localidades.
E a educação das favelas potiguares?

A taxa de alfabetização nas favelas do RN é um dado positivo: mais de 135.642 pessoas sabem ler e escrever, sendo 63.722 homens e 71.920 mulheres. Esse indicador mostra a importância da educação como ferramenta de mudança social e empoderamento das comunidades.
Por outro lado, a precariedade habitacional e a falta de oportunidades refletem-se na força de trabalho. Muitas dessas famílias dependem de subempregos e atividades informais, enfrentando grandes desafios para garantir uma renda que sustente o lar. Ainda assim, são nesses cenários que surgem iniciativas comunitárias, como cooperativas e redes de apoio, que mostram a força da organização popular.
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