Esta imagem acima mostra como as pessoas em Nata eram realmente inimigas do fim. O evento de carnaval acabando, a quarta-feira de cinzas chegando e as pessoas estavam lá querendo dançar e se divertir. A imagem acima, por exemplo, mostra um dos eventos de carnaval em um período que o Baiacu na Vara ainda não existia.
As festas de carnaval em Natal eram um show. Aconteciam os tradicionais bailes de carnaval, onde os clubes contratavam as melhores bandas, elegiam as fantasias mais belas e traziam as suas musas para desfilar. Uma apresentação bem elitista mesmo, porém marcante no calendário da cidade.
Depois, na quarta-feira de cinzas, todos os integrantes desses bailes se reuniam na quarta para fazer a última balada.
Como funcionava festa
O encontro de Clubes acontecia pelas ruas de Natal, mais precisamente no Grande Ponto, pois era lá que os principais eventos carnavalescos aconteciam. No último dia de folia, as festas ainda rolavam nos clubes e muitos ficavam na parte das ruas de tanta gente que não queria que a folia de momo terminasse daquela maneira.
A foto acima mostra o encerramento da festa no América, cuja sua primeira sede funciona onde hoje é a tradicional Avenida Rio Branco, olha a sede do IFRN Cidade Alta no fundo.
Grande Ponto, o que era?
O Grande Ponto fica entre as ruas João Pessoa e Princesa Isabel, além da Avenida Rio Branco, no centro de Natal. Como o nome já diz, o local era um grande encontro dos natalenses para discutir sobre diversos assuntos, como política, acontecimentos gerais, religião ou até mesmo para falar besteira entre os amigos. Era também onde ficava as principais lojas e restaurantes da cidade, os bondes e ônibus circulavam o tempo todo.
O Grande Ponto, na verdade, é o nome de uma cafeteria do mesmo nome, criada por um português. De acordo com Câmara Cascudo, um dos maiores frequentadores do Grande Ponto, era ali que se cruzavam os bondes elétricos vindos dos bairros de Tirol, Petrópolis, Ribeira e Alecrim. O nome virou referência para quem andava por Natal, apesar de que desde 1950 este estabelecimento comercial tenha fechado. Hoje, o local fica o edifício Amaro Mesquita, primeiro prédio de cinco andares de Natal.
O espaço ainda reúne comerciantes, profissionais liberais, desembargadores, médicos, advogados, delegados, professores, poetas e artistas. Até mesmo políticos, em que um dos frequentadores assíduos era o ex-prefeito Djalma Maranhão, em que durante seu gerenciamento colocou um sistema de alto-falantes onde podia se escutar música e as principais notícias da cidade.
Nos anos 1950 e 1960, o Grande Ponto acompanhou o desenvolvimento comercial vivenciado por Natal com a presença norte-americana.
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