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Felipe Nunes lança novo EP para começar abril

Felipe Nunes já pode ser considerado potiguar, visto que mora na capital potiguar há sete anos e começou a sua carreira musical. Além disso, ele é cantor, compositor, poeta, historiador e está prestes a terminar seu mestrado em antropologia. Na próxima sexta-feira (3), ele vai sextar lançando o seu EP de estreia, intitulado de “Entropykos”,…

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Felipe Nunes já pode ser considerado potiguar, visto que mora na capital potiguar há sete anos e começou a sua carreira musical. Além disso, ele é cantor, compositor, poeta, historiador e está prestes a terminar seu mestrado em antropologia. Na próxima sexta-feira (3), ele vai sextar lançando o seu EP de estreia, intitulado de “Entropykos”, nas plataformas digitais as cinco músicas de seu EP de estréia e foi elaborado em parceria com o selo Rizomarte Records.

Você pode pré-salvar a música na sua plataforma de streaming, que na sexta-feira o álbum estará na sua biblioteca de música. Como ? Clique neste link.

O processo criativo que resultou na sonoridade do Entropykos durou um ano e o resultado final é uma mistura consistente entre elementos sonoros orgânicos e eletrônicos, contando com participações especiais que deram corpo e movimento a cada uma das canções. Dar corpo não apenas como uma metáfora, mas sim como uma busca por conexões viscerais entre passado, presente e futuro através da musicalidade. Nessa ligação umbilical entre os sons e a força poética das letras e melodias, o EP se apresenta como um delicado microcosmo sonoro-poético povoado pela ancestralidade negra e indígena que ancoram e norteiam a formação histórico-cultural brasileira.

“O EP buscou contar a história através de narrativas contra-hegemônicas. Sabemos que viemos de muitas direções e temos inúmeras histórias para contar. Neste sentido, o Entropykos nasce da simbiose entre entropia (termo da física onde, a grosso modo, afirma que estamos sempre a se multiplicar e se movimentar) com a palavra tropicalismo que permeia o trabalho de Caetano, Gil, Jorge Mautner, Gal Costa, Nara Leão, dentre outrxs. O tropicalismo foi a minha primeira escola filosófica-musical ainda na adolescência. O nome é um reflexo literal do trabalho, onde buscamos amalgamar diversas sonoridades sobre as histórias que formam a identidade cultural brasileira. Tenho muitas referências teóricas e sonoras, ao mesmo tempo desejava não estar preso a nenhuma delas, a solução foi misturar tudo”, disse Felipe em release enviado pela imprensa.

O som promete ter muita psicodelia presente nos timbres de sintetizadores, somados a grooves de funk, batidas ijexás, afoxés, guitarras, violões, programações eletrônicas, flautas e rabecas.

A capa foi feita em parceria com o artista visual e designer e o fotógrafo Augusto Júnior, que traz a sobreposição ótica entre o humano e a cabeça de um boi que é um símbolo milenar presente em diversas culturas (ocidental, oriental, africana, ameríndia) com distintos significados. Dentre eles o de princípio organizador da vida, amuleto, de proteção da colheita e do alimento. Ela está representada em inúmeras tradições culturais como muata calombo, munhanhe, minos, boi de reis e tantos outros.

Além de sua próprias canções, Felipe dedica-se a dois projetos coletivos: o Agô, que faz releituras de canções afro-brasileiras, e a Tríade Rebelde , dedicada a fazer releituras de clássicos da música latino-americana.

O EP contou com a produção musical de Pedras, integrante e produtor de discos dos projetos Igapó de Almas, Luisa e os Alquimistas, Zé Caxangá e Seu Conjunto, dentre outros. O fio condutor deste processo foi a escuta do universo temático das próprias letras, que tocam em temas como a releitura da história a partir da ancestralidade, o legado de luta e resistência dos povos indígenas e negros/as, a importância da resiliência como estratégia de vida, a linha tênue entre utopias e distopias, dentre outras transas.

O Entropykos também conta conta com as participações musicais do percussionista Kleber Moreira (Rosa de Pedra e Nação Zambêracatu), a professora da Escola de Música da UFRN Heather Dea Jennings tocando flauta, a cantora e instrumentista Tiquinha Rodrigues (Rosa de Pedra, Orquestra Sinfônica, Camomila Chá, Bandissíma) na Rabeca, o instrumentista Rafael Melo e o produtor musical Walter Nazário nas guitarras, Pedras Leão nos contrabaixos e bases eletrônicas, além da produção musical, e o músico Henrique Lopes nos sintetizadores e direção artística.

Ficha Técnica:
Direção artística: Felipe Nunes, Henrique Lopes e Pedras Leão
Produção Executiva: Henrique Lopes
Produção Musical, Mixagem e Masterização: Pedras Leão
Edição de Áudio: Yves Fernandes (com exceção de “Mandinga”)
Direção de Arte e Capa: Felipe Nunes, Rodrigo Costa e Augusto Júnior
Fotos de divulgação e Capa: Augusto Júnior
Músicos participantes: Felipe Nunes, Henrique Lopes, Heather Dea Jennings (em Trabandá), Pedras Leão, Kleber Moreira, Rafael Melo (em Canto Ancestral), Tiquinha Rodrigues (em Trabandá e Resiliência), Walter Nazário (em Resiliência)
Gravação: Estúdio Cigarra
Selo: Rizomarte Records
Distribuição: Tratore

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Desenho do ilustrador Um Samurai

Lara Paiva é jornalista e publicitária formada pela UFRN, com especialização em documentário (UFRN) e gestão de mídias sociais e marketing digital (Estácio/Fatern). Criou o Brechando com o objetivo de matar as suas curiosidade e de outras pessoas acerca do cotidiano em que vive. Atualmente, faz mestrado em Estudos da Mídia, pela UFRN e teve experiência em jornalismo online, assessoria de imprensa e agência de publicidade, no setor de gerenciamento de mídias sociais.

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